Berliner Boersenzeitung - Igreja na Bolívia preocupada com 'atitude agressiva' de autoridades sobre escândalo de pedofilia

EUR -
AED 3.821609
AFN 73.043711
ALL 98.561994
AMD 415.734952
ANG 1.874008
AOA 948.892795
ARS 1067.239304
AUD 1.668181
AWG 1.872815
AZN 1.757682
BAM 1.956454
BBD 2.099482
BDT 124.256752
BGN 1.957817
BHD 0.392426
BIF 3074.798113
BMD 1.040453
BND 1.412959
BOB 7.185402
BRL 6.442694
BSD 1.039838
BTN 88.511732
BWP 14.441688
BYN 3.402905
BYR 20392.87375
BZD 2.092379
CAD 1.496535
CDF 2986.099191
CHF 0.93648
CLF 0.037319
CLP 1029.739995
CNY 7.591767
CNH 7.598484
COP 4556.381863
CRC 527.971385
CUC 1.040453
CUP 27.571998
CVE 110.297624
CZK 25.115501
DJF 185.171889
DKK 7.460816
DOP 63.34117
DZD 140.687327
EGP 52.961546
ERN 15.606791
ETB 132.39725
FJD 2.412966
FKP 0.82402
GBP 0.828196
GEL 2.923108
GGP 0.82402
GHS 15.285109
GIP 0.82402
GMD 74.912518
GNF 8986.65805
GTQ 8.0096
GYD 217.552711
HKD 8.081868
HNL 26.41983
HRK 7.46307
HTG 135.964135
HUF 410.690109
IDR 16866.571316
ILS 3.790359
IMP 0.82402
INR 88.614737
IQD 1362.155262
IRR 43790.051599
ISK 145.091415
JEP 0.82402
JMD 162.007918
JOD 0.737991
JPY 163.632522
KES 134.384575
KGS 90.519253
KHR 4179.356665
KMF 484.981066
KPW 936.406886
KRW 1516.386879
KWD 0.320615
KYD 0.866581
KZT 538.684863
LAK 22740.381777
LBP 93117.221839
LKR 306.450641
LRD 189.251433
LSL 19.334876
LTL 3.072187
LVL 0.629359
LYD 5.10451
MAD 10.485801
MDL 19.185228
MGA 4904.592084
MKD 61.579021
MMK 3379.349922
MNT 3535.458283
MOP 8.3185
MRU 41.508277
MUR 48.974372
MVR 16.027812
MWK 1803.102637
MXN 20.964801
MYR 4.668508
MZN 66.48881
NAD 19.335062
NGN 1610.226956
NIO 38.262788
NOK 11.815418
NPR 141.618971
NZD 1.843304
OMR 0.40057
PAB 1.039848
PEN 3.871945
PGK 4.220248
PHP 60.807174
PKR 289.478921
PLN 4.256856
PYG 8109.710445
QAR 3.781864
RON 4.974508
RSD 116.972699
RUB 104.513453
RWF 1450.570871
SAR 3.90625
SBD 8.722693
SCR 14.683216
SDG 625.834202
SEK 11.538871
SGD 1.414875
SHP 0.82402
SLE 23.721196
SLL 21817.776932
SOS 594.292914
SRD 36.476165
STD 21535.271101
SVC 9.098691
SYP 2614.168982
SZL 19.343279
THB 35.541837
TJS 11.375802
TMT 3.651989
TND 3.315608
TOP 2.436845
TRY 36.690385
TTD 7.066294
TWD 34.011368
TZS 2517.895925
UAH 43.598696
UGX 3806.235546
USD 1.040453
UYU 46.28369
UZS 13423.970506
VES 53.661818
VND 26469.117766
VUV 123.524633
WST 2.87455
XAF 656.17
XAG 0.035166
XAU 0.000398
XCD 2.811876
XDR 0.797259
XOF 656.151075
XPF 119.331742
YER 260.503326
ZAR 19.427453
ZMK 9365.323193
ZMW 28.777618
ZWL 335.025359
Igreja na Bolívia preocupada com 'atitude agressiva' de autoridades sobre escândalo de pedofilia
Igreja na Bolívia preocupada com 'atitude agressiva' de autoridades sobre escândalo de pedofilia / foto: AIZAR RALDES - AFP

Igreja na Bolívia preocupada com 'atitude agressiva' de autoridades sobre escândalo de pedofilia

A Igreja Católica garante que está colaborando com a investigação do escândalo de pedofilia que enfrenta na Bolívia, mas se preocupa com a "atitude agressiva" das autoridades do país que acusam a instituição religiosa de acobertamento.

Tamanho do texto:

"Estamos horrorizados, envergonhados, entendemos muito bem a raiva e a indignação geradas por ministros sagrados que traíram sua missão", disse o porta-voz da Conferência Episcopal Boliviana (CEB), Andrés Eichmann Oehrli, em entrevista à AFP.

As anotações feitas em seu diário pessoal por Alfonso Pedrajas, jesuíta falecido em 2009 aos 66 anos, envergonharam a Igreja deste país, onde 58% dos 12 milhões de habitantes são católicos.

Pedrajas admitiu a violência sexual contra 85 menores nas quase quatro décadas em que lecionou na Bolívia. Depois, mais casos vieram à tona.

Desde que o jornal espanhol El País publicou as confissões de Pedrajas no final de abril, a Promotoria boliviana identificou 17 vítimas e 35 supostos agressores vinculados à Igreja.

Segundo Eichmann Oehrli, um leigo de 61 anos, a Igreja está ouvindo as vítimas e incentivando-as a denunciar criminalmente os responsáveis.

No entanto, este argentino que vive na Bolívia há 34 anos afirma que a Igreja está preocupada com a reação de algumas autoridades, e acredita que não se pode falar em encobrimento entre os religiosos.

O procurador-geral do país, Wilfredo Chávez, nomeado pelo governo para defender os interesses do Estado, solicitou "uma sanção penal exemplar" para os responsáveis que "quebraram de vez a estrutura de encobrimento sistemático que existiu no país por parte da Igreja Católica".

A seguir, trechos da entrevista com o porta-voz da Conferência Episcopal Boliviana, Andrés Eichmann Oehrli.

P: O que a Igreja está fazendo em resposta às denúncias?

R: Somos os primeiros a dizer, por favor, às vítimas: venham à comissão de escuta (…). Há vários canais, temos uma linha gratuita, podem ir pessoalmente ao escritório, temos uma linha no WhatsApp (...). Além de serem ouvidas, as vítimas serão incentivadas e, se necessário, acompanhadas a fazerem sua denúncia ao Ministério Público. Mas uma coisa que as autoridades do nosso Estado parecem nem sempre levar em conta é que nenhuma vítima pode ser pressionada a denunciar.

Dentro do trabalho que estamos fazendo, há algo que nos preocupa e é, digamos, uma atitude muito pouco positiva por parte do (...) Ministério da Educação, (que) exige enormes quantidades de informação aos estabelecimentos de ensino católicos e de convênio, com prazos irrisórios para a apresentação e o levantamento de toda essa informação. Seria bom que deixassem de ter essa atitude agressiva, porque trabalhamos juntos em um objetivo comum, que é vencer este flagelo.

P: Houve um acobertamento?

R: Se houve um acobertamento, por favor diga quem, quando. Se temos acobertamentos, queremos descobri-los porque queremos nos livrar deles. Ou seja, a primeira coisa que queremos é uma igreja limpa, com uma casa limpa, que saiba cuidar.

Agora não sabemos de nenhum caso de acobertamento, no momento não sabemos, se soubéssemos agiríamos.

P: Nos Estados Unidos, a Igreja tende a indenizar as vítimas. Você já pensou em algo assim na Bolívia?

Isso pode acontecer. Digamos que os crimes no direito penal boliviano são intenção 'personae' (recaem sobre a pessoa). Portanto, não há casos de imputação criminal a instituições. Na reforma (...) que houve do Código Penal, abriu-se a possibilidade de culpa institucional, mas ainda não conhecemos nenhum caso semelhante. Se fosse esse o caso, então a autoridade poderia estabelecer uma indenização. Mas isso pertence, por enquanto, mais à cultura anglo-saxônica.

(T.Renner--BBZ)