Berliner Boersenzeitung - Nicarágua exige na CIJ que Alemanha pare de fornecer armas a Israel e acusa país de facilitar genocídio

EUR -
AED 4.104397
AFN 76.945413
ALL 99.231189
AMD 432.617988
ANG 2.010719
AOA 1036.724537
ARS 1074.259252
AUD 1.641361
AWG 2.011389
AZN 1.904081
BAM 1.955429
BBD 2.252673
BDT 133.324726
BGN 1.95472
BHD 0.42042
BIF 3234.286875
BMD 1.117438
BND 1.441627
BOB 7.709539
BRL 6.162788
BSD 1.115688
BTN 93.249023
BWP 14.748204
BYN 3.651208
BYR 21901.788071
BZD 2.248874
CAD 1.517202
CDF 3208.165381
CHF 0.950204
CLF 0.037689
CLP 1039.944272
CNY 7.880067
CNH 7.870123
COP 4641.820049
CRC 578.89026
CUC 1.117438
CUP 29.612111
CVE 110.244101
CZK 25.088056
DJF 198.672338
DKK 7.466767
DOP 66.967305
DZD 147.657009
EGP 54.142736
ERN 16.761573
ETB 129.466357
FJD 2.459262
FKP 0.850995
GBP 0.839107
GEL 3.051043
GGP 0.850995
GHS 17.539675
GIP 0.850995
GMD 76.548818
GNF 9639.172699
GTQ 8.624365
GYD 233.395755
HKD 8.704949
HNL 27.675753
HRK 7.597474
HTG 147.212093
HUF 393.517458
IDR 16941.25656
ILS 4.221139
IMP 0.850995
INR 93.284241
IQD 1461.522939
IRR 47035.770303
ISK 152.262556
JEP 0.850995
JMD 175.286771
JOD 0.791709
JPY 160.803866
KES 143.922717
KGS 94.13132
KHR 4531.14103
KMF 493.181764
KPW 1005.693717
KRW 1488.975611
KWD 0.340897
KYD 0.929724
KZT 534.908597
LAK 24636.329683
LBP 99909.860054
LKR 340.395471
LRD 223.1377
LSL 19.586187
LTL 3.299505
LVL 0.675928
LYD 5.297996
MAD 10.818149
MDL 19.468309
MGA 5046.04342
MKD 61.603322
MMK 3629.395577
MNT 3797.054841
MOP 8.955702
MRU 44.337595
MUR 51.268486
MVR 17.164273
MWK 1934.433289
MXN 21.697078
MYR 4.698871
MZN 71.348848
NAD 19.586187
NGN 1831.984424
NIO 41.062216
NOK 11.713438
NPR 149.198716
NZD 1.791484
OMR 0.429669
PAB 1.115688
PEN 4.181807
PGK 4.367172
PHP 62.188829
PKR 309.994034
PLN 4.274593
PYG 8704.349913
QAR 4.067529
RON 4.972492
RSD 117.203662
RUB 103.07316
RWF 1504.014883
SAR 4.193134
SBD 9.282489
SCR 14.578236
SDG 672.143165
SEK 11.364797
SGD 1.442952
SHP 0.850995
SLE 25.530448
SLL 23432.113894
SOS 637.579134
SRD 33.752262
STD 23128.713955
SVC 9.762149
SYP 2807.596846
SZL 19.593286
THB 36.793929
TJS 11.859752
TMT 3.911034
TND 3.380559
TOP 2.617156
TRY 38.132438
TTD 7.588561
TWD 35.736832
TZS 3045.822602
UAH 46.114158
UGX 4133.216465
USD 1.117438
UYU 46.101261
UZS 14197.308611
VEF 4047978.463464
VES 41.096875
VND 27494.566096
VUV 132.664504
WST 3.125992
XAF 655.832674
XAG 0.035881
XAU 0.000426
XCD 3.019933
XDR 0.826843
XOF 655.832674
XPF 119.331742
YER 279.722751
ZAR 19.426272
ZMK 10058.288435
ZMW 29.537401
ZWL 359.814634
Nicarágua exige na CIJ que Alemanha pare de fornecer armas a Israel e acusa país de facilitar genocídio
Nicarágua exige na CIJ que Alemanha pare de fornecer armas a Israel e acusa país de facilitar genocídio / foto: Robin van Lonkhuijsen - Anp/AFP

Nicarágua exige na CIJ que Alemanha pare de fornecer armas a Israel e acusa país de facilitar genocídio

A Nicarágua exigiu nesta segunda-feira (8) na Corte Internacional de Justiça (CIJ) que a Alemanha pare de fornecer armas a Israel, ao mesmo tempo que acusou o país europeu de cumplicidade com o que descreveu como um "genocídio" de palestinos em Gaza, o que Berlim negou de modo veemente.

Tamanho do texto:

"A Alemanha era e é plenamente consciente do risco de que as armas que entregou e continua entregando a Israel poderiam ser utilizadas para cometer um genocídio", afirmou Alain Pellet, advogado da Nicarágua, no principal órgão jurisdicional da ONU. "É extremamente urgente que a Alemanha suspenda finalmente o fornecimento", completou.

A Nicarágua levou a Alemanha à CIJ para exigir que o tribunal imponha medidas de emergência e impedir que Berlim forneça armas e outros tipos de assistência a Israel.

Em um documento de 43 páginas, Manágua afirma que a Alemanha violou a Convenção da ONU sobre o Genocídio, de 1948, criada após o Holocausto.

"Ao enviar equipamentos militares e parar de financiar a UNRWA (Agência da ONU para os Refugiados palestinos), a Alemanha facilita o cometimento do genocídio", afirma o documento.

A Alemanha responderá na corte na terça-feira, mas já destacou que rejeita as acusações.

"A Alemanha rejeita completamente as acusações. Nunca violamos a Convenção sobre o Genocídio nem o direito humanitário internacional, direta ou indiretamente", afirmou a principal advogada do país no caso, Tania von Uslar-Gleichen.

"A apresentação da Nicarágua foi grosseiramente tendenciosa e amanhã vamos falar como cumprimos plenamente as nossas responsabilidades", acrescentou à imprensa.

"A Alemanha está comprometida com o respeito ao direito internacional e trabalhamos por isto a nível internacional", completou.

- "Patético" -

Na audiência desta segunda-feira, Daniel Mueller, outro advogado de Manágua, afirmou que é "patético" que a Alemanha entregue armas ao governo israelense, ao mesmo tempo que fornece ajuda humanitária a Gaza.

"É, de fato, uma desculpa patética para as crianças, as mulheres e os homens palestinos prover ajuda humanitária, inclusive com lançamentos aéreos, por um lado, e fornecer os equipamentos militares que são usados para matá-los e aniquilá-los por outro", destacou Mueller.

O embaixador da Nicarágua nos Países Baixos, Carlos José Argüello Gómez, afirmou na CIJ que "a Alemanha parece incapaz de diferenciar entre autodefesa e genocídio".

No documento, Manágua destaca que "o não cumprimento alemão é ainda mais repreensível no que diz respeito a Israel, pois a Alemanha tem uma autoproclamada relação privilegiada com este país, o que lhe permitiria influenciar sua conduta".

A Nicarágua pediu à CIJ que imponha "medidas provisórias" de emergência enquanto avalia o caso.

- "Reação apropriada" -

A CIJ foi criada para resolver disputas entre países e se tornou uma figura central na guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas, iniciada com os ataques de 7 de outubro.

Em outro caso, a África do Sul acusou Israel de cometer genocídio na Faixa de Gaza, algo que Israel nega de modo veemente.

Nesse caso, a CIJ pediu a Israel que faça todo o possível para evitar ações genocidas e, recentemente, endureceu sua posição, ao ordenar medidas adicionais que obrigam Israel a aumentar o acesso à ajuda humanitária.

As decisões da corte são vinculantes, mas o órgão jurisdicional não possui mecanismos de execução. Por exemplo, a CIJ ordenou à Rússia que parasse a invasão da Ucrânia, o que Moscou não acatou.

A Nicarágua solicitou cinco medidas provisórias, incluindo que a Alemanha "suspenda imediatamente a ajuda a Israel, em particular a assistência militar".

Também pediu à corte que ordene à Alemanha a "reverter a decisão de suspender o financiamento da UNRWA".

Em janeiro, a Alemanha suspendeu o financiamento à agência da ONU depois de Israel denunciar que funcionários da UNRWA participaram nos ataques cometidos pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro. Berlim afirmou que suspendeu o financiamento durante a investigação do caso.

No seu documento, a Nicarágua destaca que "seria compreensível" que a Alemanha apoiasse uma "reação apropriada" de Israel, seu aliado, aos ataques do Hamas em outubro.

"Mas isto não pode representar uma desculpa para violar o direito internacional", afirmou Manágua.

A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro, quando o Hamas invadiu o sul de Israel e matou 1.170 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

Os combatentes palestinos também sequestraram 250 pessoas, das quais 129 ainda estão presas em Gaza, incluindo 34 que as autoridades israelenses acreditam que foram mortas.

A ofensiva aérea e terrestre efetuada por Israel em resposta deixou 33.175 mortos em Gaza, de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde do território palestino, que é governado pelo Hamas desde 2007.

Segundo a ONU, a maioria dos 2,4 milhões de moradores de Gaza estão à beira da fome.

(P.Werner--BBZ)