Berliner Boersenzeitung - Israel restabelece sinal de agência de notícias após pressão dos EUA

EUR -
AED 3.755302
AFN 73.122154
ALL 98.059513
AMD 411.69228
ANG 1.85336
AOA 932.458588
ARS 1068.013047
AUD 1.664725
AWG 1.842934
AZN 1.737847
BAM 1.952425
BBD 2.07639
BDT 125.453113
BGN 1.951834
BHD 0.385526
BIF 3042.081247
BMD 1.022432
BND 1.406441
BOB 7.105715
BRL 6.301659
BSD 1.028412
BTN 88.504856
BWP 14.473694
BYN 3.365416
BYR 20039.674774
BZD 2.065709
CAD 1.475467
CDF 2934.381103
CHF 0.937437
CLF 0.037374
CLP 1031.266304
CNY 7.496166
CNH 7.517056
COP 4446.60957
CRC 519.092422
CUC 1.022432
CUP 27.094458
CVE 110.075774
CZK 25.076588
DJF 183.131605
DKK 7.459973
DOP 63.129625
DZD 139.113774
EGP 51.799614
ERN 15.336486
ETB 129.043082
FJD 2.39116
FKP 0.841716
GBP 0.841221
GEL 2.888346
GGP 0.841716
GHS 15.168775
GIP 0.841716
GMD 73.10105
GNF 8892.423488
GTQ 7.936357
GYD 215.15818
HKD 7.960551
HNL 26.153273
HRK 7.538817
HTG 134.345087
HUF 413.327752
IDR 16650.986977
ILS 3.751667
IMP 0.841716
INR 88.350938
IQD 1347.176932
IRR 43197.768137
ISK 144.766472
JEP 0.841716
JMD 161.258077
JOD 0.725314
JPY 160.853669
KES 132.402387
KGS 88.951657
KHR 4156.750497
KMF 492.249522
KPW 920.189483
KRW 1503.56986
KWD 0.315469
KYD 0.857022
KZT 542.74461
LAK 22439.051346
LBP 92079.831043
LKR 302.930317
LRD 192.309411
LSL 19.544828
LTL 3.018977
LVL 0.618459
LYD 5.083163
MAD 10.335931
MDL 19.220396
MGA 4869.477095
MKD 61.418812
MMK 2145.062991
MNT 3474.225221
MOP 8.246882
MRU 41.042243
MUR 48.299708
MVR 15.751283
MWK 1783.186985
MXN 21.231509
MYR 4.610656
MZN 65.333422
NAD 19.545305
NGN 1590.915286
NIO 37.843835
NOK 11.740959
NPR 141.603424
NZD 1.840612
OMR 0.393706
PAB 1.022432
PEN 3.869809
PGK 4.122792
PHP 59.976393
PKR 286.399642
PLN 4.2689
PYG 8074.976334
QAR 3.749255
RON 4.977818
RSD 116.868638
RUB 105.849945
RWF 1430.500629
SAR 3.838007
SBD 8.628736
SCR 14.702697
SDG 614.482175
SEK 11.498546
SGD 1.404007
SHP 0.841716
SLE 23.260145
SLL 21439.899485
SOS 587.672312
SRD 35.89248
STD 21162.286116
SVC 8.998488
SYP 13293.666094
SZL 19.540834
THB 35.56787
TJS 11.219813
TMT 3.578513
TND 3.301125
TOP 2.504714
TRY 36.24712
TTD 6.980863
TWD 33.857338
TZS 2571.417429
UAH 43.489163
UGX 3802.440086
USD 1.022432
UYU 44.672972
UZS 13325.060418
VES 55.019175
VND 25985.119101
VUV 121.385257
WST 2.861427
XAF 656.266629
XAG 0.033866
XAU 0.00038
XCD 2.763175
XDR 0.791916
XOF 656.266629
XPF 119.331742
YER 254.841246
ZAR 19.55681
ZMK 9203.114615
ZMW 28.408607
ZWL 329.222811
Israel restabelece sinal de agência de notícias após pressão dos EUA
Israel restabelece sinal de agência de notícias após pressão dos EUA / foto: - - AFP

Israel restabelece sinal de agência de notícias após pressão dos EUA

Sob pressão direta de Washington, Israel voltou atrás nesta terça-feira (21) em sua decisão de cortar o sinal ao vivo da agência de notícias americana Associated Press (AP) que mostrava a Faixa de Gaza, devastada por mais de sete meses de conflito entre o Exército israelense e o movimento islamista palestino Hamas.

Tamanho do texto:

Um dia após o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) ter solicitado mandados de prisão contra o premier de Israel, Benjamin Netanyahu, e líderes do Hamas, as forças israelenses prosseguiram com seus combates e bombardeios na Faixa de Gaza.

As tropas atacaram 70 alvos naquele território e lançaram uma operação que deixou oito mortos na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, segundo a Autoridade Palestina.

As operações militares, no entanto, foram ofuscadas pela decisão de Israel de cortar o sinal ao vivo da AP devido a uma suposta violação da nova lei de imprensa do país, que permitiu recentemente o fechamento do canal de TV do Catar Al Jazeera.

Os Estados Unidos expressaram preocupação e pediram às autoridades de Israel que voltassem atrás na decisão, condenada por veículos de comunicação e associações de defesa da imprensa.

"Ordenei a anulação da decisão e devolução do equipamento à agência AP", anunciou o ministro israelense das Comunicações, Shlomo Karhi.

A agência americana havia condenado "nos termos mais enérgicos as ações do governo israelense e o confisco" do equipamento que transmitia ao vivo da Faixa de Gaza.

A AP atribuiu a medida "ao uso abusivo, por parte do governo israelense", da nova lei votada no início de abril que autoriza a proibição da transmissão em Israel de meios estrangeiros que coloquem em risco a segurança do Estado.

- Regras -

O Ministério das Comunicações de Israel havia alegado em nota que a AP capturava regularmente fotografias da Faixa de Gaza a partir da varanda de uma casa em Sderot, na fronteira com o território palestino, "inclusive focando nas atividades dos soldados israelenses e na sua localização".

Karhi disse, ao anunciar a revogação da medida, que o Ministério da Defesa "deseja examinar a questão da retransmissão em relação ao risco" para as tropas israelenses que operam em Gaza.

A censura militar de Israel proíbe a publicação de imagens ou informações que possam comprometer a localização de soldados ou instalações militares israelenses.

"A AP cumpre as regras de censura militar de Israel, que proíbem a transmissão de detalhes como movimentos de tropas que possam colocar os soldados em risco", declarou a agência.

O Ministério das Comunicações também indicou que a Associated Press estava "infringindo a lei" ao permitir que a Al Jazeera "recebesse seu conteúdo".

Em resposta, a AP afirmou que a rede do Catar "é um dos milhares de clientes das transmissões ao vivo da agência".

- Condenações -

A ONU considerou "terrível" o corte do sinal da AP e a organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) chamou a decisão das autoridades israelenses de "censura escandalosa".

O diretor global de notícias da Agence France-Presse (AFP), Phil Chetwynd, afirmou que a decisão de Israel é "um ataque à liberdade de imprensa".

O líder da oposição israelense, Yair Lapid, disse que "o governo enlouqueceu". "Não é a Al Jazeera, é um veículo de comunicação americano que ganhou 53 prêmios Pulitzer", publicou na rede social X.

- Pesadelo -

Os combates prosseguiam na cidade de Rafah - de onde fugiram mais de 800 mil pessoas, segundo a ONU - e em Jabaliya, onde as forças do Hamas se reagruparam. O Exército de Israel informou que eliminou combatentes em ambas as regiões.

As operações lançadas neste mês em Rafah, que Israel considera o último reduto do Hamas, agravaram a situação humanitária na Faixa de Gaza.

O centro de distribuição da agência, assim como o do Programa Mundial de Alimentos, ambos em Rafah, estão inacessíveis devido a operações militares israelenses, reportou a ONU.

"Não temos palavras para descrever o que acontece na Faixa de Gaza", disse ontem Edem Wosornu, do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.

"Descrevemos como uma catástrofe, um pesadelo, um inferno na terra. É isso e pior", afirmou Wosornu, alertando que 1,1 milhão de pessoas enfrentam "níveis catastróficos de fome" e 75% da população está deslocada.

(L.Kaufmann--BBZ)