Berliner Boersenzeitung - Missão da ONU denuncia 'intensificação do aparato repressivo' na Venezuela

EUR -
AED 3.760928
AFN 73.229941
ALL 98.204059
AMD 412.299143
ANG 1.856092
AOA 933.832582
ARS 1068.051794
AUD 1.662307
AWG 1.845651
AZN 1.749505
BAM 1.955303
BBD 2.079451
BDT 125.638039
BGN 1.954711
BHD 0.386094
BIF 3046.565484
BMD 1.02394
BND 1.408514
BOB 7.11619
BRL 6.284732
BSD 1.029928
BTN 88.635318
BWP 14.49503
BYN 3.370377
BYR 20069.214635
BZD 2.068754
CAD 1.477289
CDF 2938.706368
CHF 0.938697
CLF 0.037429
CLP 1032.786764
CNY 7.50711
CNH 7.530348
COP 4453.164179
CRC 519.8576
CUC 1.02394
CUP 27.134397
CVE 110.238033
CZK 25.076586
DJF 183.401554
DKK 7.459901
DOP 63.222682
DZD 139.318838
EGP 51.801304
ERN 15.359093
ETB 129.2333
FJD 2.394685
FKP 0.840582
GBP 0.8407
GEL 2.89261
GGP 0.840582
GHS 15.191136
GIP 0.840582
GMD 73.212955
GNF 8905.560586
GTQ 7.948056
GYD 215.475186
HKD 7.972198
HNL 26.191826
HRK 7.532873
HTG 134.543146
HUF 413.058833
IDR 16667.124375
ILS 3.772823
IMP 0.840582
INR 88.172917
IQD 1349.163377
IRR 43095.046846
ISK 144.703061
JEP 0.840582
JMD 161.495763
JOD 0.726382
JPY 161.302231
KES 133.324162
KGS 89.082667
KHR 4162.859708
KMF 489.494713
KPW 921.545614
KRW 1505.134763
KWD 0.315885
KYD 0.858286
KZT 543.544383
LAK 22471.844505
LBP 92225.83747
LKR 303.376899
LRD 192.318734
LSL 19.573638
LTL 3.023427
LVL 0.61937
LYD 5.090655
MAD 10.351167
MDL 19.248727
MGA 4876.664183
MKD 61.514351
MMK 3325.715627
MNT 3479.346218
MOP 8.259039
MRU 41.102741
MUR 47.950708
MVR 15.767315
MWK 1785.81083
MXN 21.236111
MYR 4.617458
MZN 65.432507
NAD 19.574116
NGN 1593.260298
NIO 37.899619
NOK 11.73021
NPR 141.812155
NZD 1.837895
OMR 0.394326
PAB 1.029938
PEN 3.875514
PGK 4.128869
PHP 60.046373
PKR 286.821734
PLN 4.267013
PYG 8086.863822
QAR 3.754781
RON 4.975423
RSD 117.052937
RUB 105.799951
RWF 1432.60758
SAR 3.843666
SBD 8.641455
SCR 14.725966
SDG 615.387416
SEK 11.491796
SGD 1.404702
SHP 0.840582
SLE 23.294386
SLL 21471.495716
SOS 588.538787
SRD 35.945411
STD 21193.480783
SVC 9.011752
SYP 13313.261953
SZL 19.569639
THB 35.566024
TJS 11.236351
TMT 3.583788
TND 3.305991
TOP 2.398171
TRY 36.281145
TTD 6.991153
TWD 33.904175
TZS 2588.575419
UAH 43.55327
UGX 3808.031283
USD 1.02394
UYU 44.969
UZS 13344.605294
VES 55.099534
VND 25987.585073
VUV 121.564138
WST 2.873329
XAF 655.777369
XAG 0.033825
XAU 0.000381
XCD 2.767248
XDR 0.793083
XOF 655.783772
XPF 119.331742
YER 255.217137
ZAR 19.562314
ZMK 9216.695165
ZMW 28.450485
ZWL 329.708108
Missão da ONU denuncia 'intensificação do aparato repressivo' na Venezuela
Missão da ONU denuncia 'intensificação do aparato repressivo' na Venezuela / foto: Federico PARRA - AFP

Missão da ONU denuncia 'intensificação do aparato repressivo' na Venezuela

Especialistas da ONU denunciaram, nesta terça-feira (17), uma "intensificação do aparato repressivo" na Venezuela em meio a dúvidas sobre a reeleição do presidente Nicolás Maduro, com violações dos direitos humanos – incluindo crimes contra a humanidade – para "silenciar" a oposição.

Tamanho do texto:

Em setembro de 2019, a ONU ampliou o monitoramento da situação no país, depois que o Conselho de Direitos Humanos criou a Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre a República Bolivariana da Venezuela.

O relatório da Missão examina a situação no país entre setembro de 2023 e agosto de 2024.

A missão de especialistas, com a qual Caracas se recusa a cooperar, afirma que a resposta repressiva do Estado às manifestações após as eleições presidenciais, no final de julho, significou uma nova etapa na deterioração do Estado de direito.

Nas conclusões, o relatório destaca que as violações dos direitos humanos "não são atos isolados ou aleatórios, e sim parte de um plano contínuo e coordenado para silenciar, desanimar e reprimir a oposição ao governo do presidente Nicolás Maduro".

Após a proclamação de Maduro como presidente reeleito, não reconhecida por Estados Unidos, União Europeia e vários países latino-americanos, eclodiram protestos que deixaram 27 mortos, 192 feridos e cerca de 2.400 pessoas detidas, segundo fontes oficiais.

"Estamos testemunhando uma intensificação do aparato repressivo do Estado em resposta ao que percebe como visões críticas, oposição ou dissidência", disse Marta Valiñas, presidente da Missão de Apuração de Fatos.

"Embora esta seja uma continuação de padrões anteriores que a missão já caracterizou como crimes contra a humanidade, a repressão recente, devido à sua intensidade e natureza sistemática, representa um ataque muito grave aos direitos fundamentais do povo venezuelano", completou.

Exilado na Espanha após um mandado de prisão contra ele, o opositor Edmundo González Urrutia, que reivindica a vitória sobre Maduro nas eleições, considerou, em um comunicado, que o relatório "demonstra que os venezuelanos não estão sozinhos".

"Há relatos documentados" de abusos e "o mundo está de olho na Venezuela, testemunhando a grave situação que vivemos", disse González.

- "Qualquer pessoa poderia ser vítima" -

Para elaborar o relatório, que cobre o período de 1º de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024, os especialistas da ONU entrevistaram, à distância ou em forma presencial, 383 pessoas e consultaram dezenas de documentos.

"As vítimas e grande parte da população estão expostas ao exercício arbitrário do poder, onde a detenção arbitrária é sistematicamente utilizada, com graves violações ao devido processo", disse Francisco Cox, integrante da Missão da ONU.

"A missão já havia alertado que o governo poderia ativar o aparato repressivo à vontade. E é justamente isso que estamos observando agora", acrescentou.

O relatório destaca que a "brutalidade da repressão", que inclui detenções de pessoas nas suas casas, levou a "um clima de medo generalizado".

Outra integrante da Missão, Patricia Tappatá, afirmou que "o plano e a política repressiva do governo foram direcionados contra indivíduos que ousaram criticar o presidente Maduro [...] ou protestar contra os resultados eleitorais".

Ela destacou que as autoridades atuaram "especialmente contra membros da oposição política ou [...] percebidos como opositores". No entanto, "qualquer pessoa poderia ser vítima", acrescentou.

"A Missão tem motivos razoáveis para acreditar que o crime de perseguição por motivos políticos foi cometido durante o período coberto por seu mandato", conclui o relatório.

(H.Schneide--BBZ)