Berliner Boersenzeitung - A arte de restaurar fósseis, um 'quebra-cabeça' milenar nos EUA

EUR -
AED 3.76196
AFN 72.825383
ALL 97.661526
AMD 406.455099
ANG 1.845856
AOA 934.096418
ARS 1061.676768
AUD 1.664637
AWG 1.846171
AZN 1.745254
BAM 1.94433
BBD 2.067963
BDT 124.931812
BGN 1.954924
BHD 0.386077
BIF 3029.734771
BMD 1.024228
BND 1.400746
BOB 7.076807
BRL 6.24544
BSD 1.024238
BTN 88.143927
BWP 14.415092
BYN 3.35179
BYR 20074.871075
BZD 2.057325
CAD 1.477071
CDF 2939.535064
CHF 0.938936
CLF 0.037483
CLP 1034.276199
CNY 7.510362
CNH 7.541177
COP 4443.798043
CRC 516.990672
CUC 1.024228
CUP 27.142045
CVE 109.619961
CZK 25.059077
DJF 182.026224
DKK 7.460534
DOP 62.874019
DZD 139.324768
EGP 51.787641
ERN 15.363422
ETB 128.5206
FJD 2.394287
FKP 0.81117
GBP 0.83827
GEL 2.893486
GGP 0.81117
GHS 15.107064
GIP 0.81117
GMD 73.236254
GNF 8855.674242
GTQ 7.903302
GYD 214.282691
HKD 7.975198
HNL 26.047382
HRK 7.346692
HTG 133.799864
HUF 413.170041
IDR 16665.266888
ILS 3.778839
IMP 0.81117
INR 88.252258
IQD 1341.690215
IRR 43107.204744
ISK 144.727339
JEP 0.81117
JMD 160.59267
JOD 0.726592
JPY 161.60118
KES 132.566239
KGS 89.108205
KHR 4139.902227
KMF 489.632644
KPW 921.804732
KRW 1509.978935
KWD 0.315978
KYD 0.853532
KZT 540.533632
LAK 22347.916009
LBP 91717.227269
LKR 301.684791
LRD 191.52516
LSL 19.463993
LTL 3.02428
LVL 0.619546
LYD 5.062335
MAD 10.293231
MDL 19.142574
MGA 4849.770188
MKD 61.500061
MMK 3326.652968
MNT 3480.327005
MOP 8.213292
MRU 40.872892
MUR 47.96499
MVR 15.776942
MWK 1775.96238
MXN 21.223071
MYR 4.605446
MZN 65.451996
NAD 19.465693
NGN 1579.810801
NIO 37.687682
NOK 11.739093
NPR 141.0294
NZD 1.841789
OMR 0.394306
PAB 1.024238
PEN 3.853767
PGK 4.10584
PHP 60.110963
PKR 285.221963
PLN 4.265197
PYG 8042.187588
QAR 3.733675
RON 4.975397
RSD 117.107209
RUB 104.215736
RWF 1424.706986
SAR 3.844767
SBD 8.643891
SCR 14.612545
SDG 615.561445
SEK 11.482401
SGD 1.404683
SHP 0.81117
SLE 23.30157
SLL 21477.554582
SOS 585.293093
SRD 35.955567
STD 21199.454095
SVC 8.961052
SYP 2573.404118
SZL 19.461716
THB 35.544304
TJS 11.174057
TMT 3.584798
TND 3.287408
TOP 2.398849
TRY 36.286385
TTD 6.95253
TWD 33.883006
TZS 2564.118255
UAH 43.310348
UGX 3786.956672
USD 1.024228
UYU 44.716872
UZS 13269.915597
VES 55.086346
VND 25984.667305
VUV 121.598413
WST 2.829725
XAF 652.160866
XAG 0.033673
XAU 0.00038
XCD 2.768028
XDR 0.788709
XOF 652.11972
XPF 119.331742
YER 255.28923
ZAR 19.57788
ZMK 9219.285792
ZMW 28.293309
ZWL 329.801035
A arte de restaurar fósseis, um 'quebra-cabeça' milenar nos EUA
A arte de restaurar fósseis, um 'quebra-cabeça' milenar nos EUA / foto: Mark Felix - AFP

A arte de restaurar fósseis, um 'quebra-cabeça' milenar nos EUA

Antes de serem expostos em um museu, os fósseis de dinossauros passam por artistas que precisam remover a terra, reconstruí-los e pintá-los de forma que fiquem perfeitos aos olhos humanos. Para a restauradora Lauren McClain, é como montar um quebra-cabeça em 3D.

Tamanho do texto:

Em seu ateliê instalado no segundo andar de sua casa no bairro de Kingwood, no nordeste de Houston, Texas, Lauren utiliza uma espécie de mini-furadeira conectada a um compressor, semelhante à ferramenta de um dentista, para remover cuidadosamente as partículas de solo presas a esses restos que podem ter mais de 60 milhões de anos.

Uma vez limpo, ela deve montar este "quebra-cabeça" milenar, que muitas vezes não chega completo. Ela modela as partes faltantes de um fêmur de Tiranossauro, um dedo ou uma tíbia de Triceratops, o fêmur de um Edmontossauro ou os dentes de um Megalodonte.

McClain também já trabalhou em um fóssil de Euriptéride (conhecido como escorpião marinho) de 200 milhões de anos.

"As pessoas me dizem: você deve ser boa em quebra-cabeças, e na verdade eu não gosto muito deles. Mas quando se trata de um quebra-cabeça em 3D que se transforma em um dinossauro, eu gosto", explica a profissional de 33 anos.

"É semelhante porque, quando você tem algo em cem peças, realmente precisa estudar todas essas bordas e como elas se alinham e aprimorar esses detalhes para reconstruí-lo e transformá-lo no que era", acrescenta.

Vários desses gigantescos seres habitaram o que hoje é a América do Norte. Estados como Montana, Dakota do Norte e do Sul, Colorado, Flórida e Califórnia costumam ser atraentes para quem procura fósseis.

- Fêmur pré-histórico -

Fascinada da saga Jurassic Park desde criança, Lauren se casou no Museu de Ciências Naturais de Houston, onde grandes esqueletos de dinossauros são expostos.

Ela se formou como designer e, paralelamente ao seu trabalho formal, começou a fazer escavações há alguns anos. Com a ajuda de mentores e paleontólogos profissionais, ela ingressou no negócio de restauração e montou seu empreendimento: Big Sky Fossils.

Há sete meses, ela deixou seu emprego de escritório e se dedica apenas aos fósseis. Recentemente, recebeu de um museu do Texas o domo craniano de um paquicefalossauro.

Enquanto busca um espaço maior para expandir seu ateliê, ela restaura na garagem de sua casa um fêmur de hadrossauro. A peça mede 1,30 m, quase o tamanho de Lauren (1,60 m).

Ela reconstrói o fêmur colocando uma haste de metal interna para dar estabilidade. Depois da limpeza, ela cola as peças com uma cola potente e usa massa epóxi para preencher os espaços vazios. Ao terminar, ela precisa pintá-lo com alguma cor semelhante à original.

"Restaurar peças faltantes de fósseis costuma ser a parte mais difícil porque não é apenas necessário entender a anatomia desse dinossauro específico, mas também é preciso ter uma boa referência. Falo com muitos paleontólogos para fazer isso direito", explica Lauren.

- Paciência e observação -

O curador de Paleontologia do Museu de Ciências Naturais de Houston, David Temple, afirma que os filmes fazem as pessoas acreditarem que os fósseis são encontrados intactos na terra.

"A realidade é outra. Todo fóssil que é encontrado precisa de certo grau de curadoria, restauração e consolidação, porque até mesmo o ato de retirá-lo da terra é destrutivo", defende Temple, nos corredores do período Cretáceo do museu.

Uma vez restaurados, os fósseis também são usados para fabricar réplicas que são expostas em diferentes lugares.

"Muitos paleontólogos preparam seus próprios fósseis, mas nem todos, e reconhecem que as pessoas que realizam esse trabalho (de restauração) têm uma habilidade especializada", acrescenta.

"Se você ver alguns de nossos trilobitas (artrópode marinho extinto), não muitas pessoas no mundo fazem isso (limpeza e restauração). A paciência é importante, a observação é importante e estar disposto a aprender", assegura.

E é preciso ter cuidado, diz ele. Às vezes, quando alguém cola partes do osso que não se encaixam, brincam dizendo que inventaram "uma nova espécie".

(A.Lehmann--BBZ)