Berliner Boersenzeitung - A 'aura' de Garzón, o povoado uruguaio que conquista a arte internacional

EUR -
AED 4.17252
AFN 81.834518
ALL 99.144898
AMD 443.353595
ANG 2.047417
AOA 1036.040412
ARS 1292.77681
AUD 1.783961
AWG 2.047656
AZN 1.993472
BAM 1.954714
BBD 2.292326
BDT 137.943334
BGN 1.953535
BHD 0.428132
BIF 3375.723854
BMD 1.136009
BND 1.490524
BOB 7.845916
BRL 6.676214
BSD 1.135369
BTN 96.918135
BWP 15.649302
BYN 3.715666
BYR 22265.76922
BZD 2.280533
CAD 1.577496
CDF 3266.02484
CHF 0.929084
CLF 0.028677
CLP 1100.47423
CNY 8.347913
CNH 8.293965
COP 4898.605549
CRC 570.582884
CUC 1.136009
CUP 30.104229
CVE 110.203751
CZK 24.996791
DJF 202.181192
DKK 7.467155
DOP 68.092156
DZD 150.679008
EGP 58.086419
ERN 17.04013
ETB 151.116013
FJD 2.601552
FKP 0.857666
GBP 0.858658
GEL 3.123944
GGP 0.857666
GHS 17.541868
GIP 0.857666
GMD 81.225434
GNF 9826.538646
GTQ 8.74514
GYD 238.171823
HKD 8.819625
HNL 29.432642
HRK 7.531171
HTG 148.157658
HUF 407.580018
IDR 19162.477635
ILS 4.184947
IMP 0.857666
INR 97.024
IQD 1487.273409
IRR 47840.164354
ISK 145.056879
JEP 0.857666
JMD 179.450266
JOD 0.805882
JPY 161.971545
KES 147.294724
KGS 99.098006
KHR 4547.552641
KMF 492.456449
KPW 1022.435761
KRW 1609.122096
KWD 0.348345
KYD 0.946174
KZT 594.329686
LAK 24588.334394
LBP 101729.243316
LKR 339.570275
LRD 227.063803
LSL 21.421594
LTL 3.354338
LVL 0.68716
LYD 6.215546
MAD 10.530347
MDL 19.641084
MGA 5172.125457
MKD 61.491907
MMK 2384.637082
MNT 4029.235667
MOP 9.077155
MRU 44.799102
MUR 51.222042
MVR 17.50557
MWK 1968.740482
MXN 22.62402
MYR 5.006955
MZN 72.59345
NAD 21.421594
NGN 1821.339498
NIO 41.776781
NOK 11.961137
NPR 155.068816
NZD 1.911329
OMR 0.43737
PAB 1.135369
PEN 4.230949
PGK 4.69539
PHP 64.385557
PKR 318.528485
PLN 4.273932
PYG 9087.949136
QAR 4.1381
RON 4.976515
RSD 117.164883
RUB 93.301666
RWF 1624.697032
SAR 4.262619
SBD 9.506515
SCR 16.202272
SDG 682.176227
SEK 11.022641
SGD 1.490529
SHP 0.892724
SLE 25.844037
SLL 23821.514597
SOS 648.839391
SRD 42.216327
STD 23513.085125
SVC 9.934479
SYP 14769.853643
SZL 21.414099
THB 37.792709
TJS 12.193638
TMT 3.98739
TND 3.395213
TOP 2.660649
TRY 43.264844
TTD 7.703718
TWD 36.866659
TZS 3053.01959
UAH 47.05085
UGX 4161.833495
USD 1.136009
UYU 47.613538
UZS 14752.800747
VES 87.606771
VND 29388.543353
VUV 139.219721
WST 3.17372
XAF 655.604173
XAG 0.035056
XAU 0.000341
XCD 3.07012
XDR 0.815311
XOF 655.592637
XPF 119.331742
YER 278.691346
ZAR 21.387543
ZMK 10225.440983
ZMW 32.329032
ZWL 365.794317
A 'aura' de Garzón, o povoado uruguaio que conquista a arte internacional
A 'aura' de Garzón, o povoado uruguaio que conquista a arte internacional / foto: Santiago MAZZAROVICH - AFP

A 'aura' de Garzón, o povoado uruguaio que conquista a arte internacional

A capela de Pueblo Garzón, uma pequena localidade que parou no tempo em meio ao campo uruguaio, amanheceu sem seus bancos de madeira. Em seu lugar, o artista plástico alemão Lukas Kühne colocou uma instalação sonora com caixas de ressonância e martelos de borracha.

Tamanho do texto:

Kühne não estava sozinho e não havia tido um momento de loucura: era um dos convidados da 8ª edição de Campo, o festival criado pela fotógrafa americana Heidi Lender, que durante três dias no final de dezembro convocou mais de 20 artistas de todo o mundo - entre eles dos Estados Unidos, Singapura, Coreia do Sul e Brasil - e reuniu 6.000 visitantes.

Radicado no Uruguai, Kühne é apaixonado por Garzón, que define como "um projeto utópico no bom sentido" e que inclui em seu circuito toda vez que recebe artistas do exterior. "Parece um povoado qualquer, mas não é, estão aparecendo coisas lindas e interessantes, tem sua aura", explica sobre esse lugar 170 km ao leste da capital Montevidéu, que por sua paisagem com vinhas e oliveiras é comparado a Toscana.

O primeiro a colocar esse povoado no mapa foi o reconhecido chef argentino Francis Mallmann, que abriu seu restaurante há 20 anos. "O embaixador absoluto é Francis", disse a também prestigiada cozinheira Lucía Soria, à frente do projeto de jantares itinerantes pelo povoado Mesa Garzón. "Mas a embaixadora da arte é Heidi", completa sem titubear.

Lender chegou casualmente a Garzón há 14 anos, se apaixonou pelo povoado, comprou uma casa e fundou uma organização sem fins lucrativos para "dar a outros artistas a oportunidade de criar nessa terra mágica". Hoje, esse projeto inclui residências artísticas, o festival e a próxima construção de um campus com um projeto do arquiteto uruguaio Rafael Viñoly.

"É difícil de explicar o que Garzón tem, tem que vir e viver isso", diz. "Há uma energia que não existe em nenhum outro lado do mundo, é um mix entre a luz, as pessoas, a autenticidade, a simplicidade de viver, a tranquilidade, a solidão, a beleza... é uma grande sopa de magia".

Garzón tem a virtude de estar longe - mas não tanto - de Punta del Este, o balneário favorito da elite sul-americana, famoso por suas praias, mas também por sua vida noturna. E se localiza a apenas 35km ao norte de José Ignacio, mais exclusivo e nos últimos anos ponto de encontro para os amantes da arte, com galerias e eventos internacionais.

Como na maioria dos povoados do interior uruguaio, a atividade se concentra ao redor da praça principal.

Há a igreja, a prefeitura, o clube social, um antigo armazém que virou loja de design, o restaurante Mallmann, um museu/café aberto por duas de suas filhas e algumas das cinco galerias ativas durante a temporada. As casas seguem por algumas quadras. Depois, o campo e as serras.

O artista uruguaio Mauro Arbiza vende suas esculturas em Garzón há nove anos, mas acaba de abrir sua própria galeria em frente à praça. “Pessoas com alto poder aquisitivo, que vêm a Punta del Este no verão, vêm à Bodega Garzón ou ao Mallmann's para jantar ou almoçar um dia”, explica ele. Suas obras custam entre US$ 2.500 (R$ 15.278) e US$ 40.000 (R$ 244.452), uma faixa de preço que se repete em outras galerias.

“Eu costumava ir sempre à Art Basel em dezembro, mas não vou mais. Faço mais contatos na cidade do que em Miami”, diz Arbiza, que tem obras monumentais na China e nos Estados Unidos.

Os galeristas concordam que turistas, colecionadores e curadores, em sua maioria europeus e americanos, mas também muitos argentinos e brasileiros, passam pelas galerias.

“A maior parte do público sabe o que está vindo ver e isso atrai nossa atenção”, diz Cristina Madero, da galeria argentina Walden Naturae, que abriu suas portas em 2021.

(K.Lüdke--BBZ)