Berliner Boersenzeitung - Suprema Corte dos EUA adia em dois dias decisão sobre pílula abortiva

EUR -
AED 4.161385
AFN 82.255598
ALL 99.358446
AMD 442.628973
ANG 2.04188
AOA 1033.269746
ARS 1357.594707
AUD 1.786599
AWG 2.042181
AZN 1.906887
BAM 1.955
BBD 2.289663
BDT 137.783591
BGN 1.955963
BHD 0.427038
BIF 3371.389992
BMD 1.132971
BND 1.492076
BOB 7.835723
BRL 6.668325
BSD 1.134036
BTN 97.17236
BWP 15.641872
BYN 3.711048
BYR 22206.23474
BZD 2.277847
CAD 1.58003
CDF 3257.292223
CHF 0.92634
CLF 0.028622
CLP 1098.358949
CNY 8.325593
CNH 8.306741
COP 4929.557518
CRC 572.960372
CUC 1.132971
CUP 30.023736
CVE 110.219876
CZK 25.079446
DJF 201.351366
DKK 7.466732
DOP 69.291632
DZD 150.309026
EGP 57.75404
ERN 16.994567
ETB 150.153102
FJD 2.600452
FKP 0.859986
GBP 0.854991
GEL 3.115649
GGP 0.859986
GHS 17.576649
GIP 0.859986
GMD 81.009227
GNF 9814.981734
GTQ 8.74342
GYD 237.250775
HKD 8.788338
HNL 29.397964
HRK 7.534596
HTG 148.329274
HUF 407.990274
IDR 19093.962963
ILS 4.167998
IMP 0.859986
INR 97.031445
IQD 1485.491838
IRR 47712.248655
ISK 145.303227
JEP 0.859986
JMD 179.406551
JOD 0.803505
JPY 161.662538
KES 146.947778
KGS 99.077424
KHR 4542.100368
KMF 491.15028
KPW 1019.633723
KRW 1619.5708
KWD 0.347599
KYD 0.94503
KZT 586.694628
LAK 24558.728862
LBP 101605.305859
LKR 338.041605
LRD 226.807154
LSL 21.42193
LTL 3.34537
LVL 0.685323
LYD 6.211457
MAD 10.531074
MDL 19.590326
MGA 5173.836159
MKD 61.549188
MMK 2378.69306
MNT 4005.591576
MOP 9.06199
MRU 44.883625
MUR 51.100336
MVR 17.458691
MWK 1966.377607
MXN 22.799571
MYR 5.003217
MZN 72.400211
NAD 21.42193
NGN 1818.214761
NIO 41.732914
NOK 12.051409
NPR 155.475976
NZD 1.919236
OMR 0.436185
PAB 1.134026
PEN 4.236366
PGK 4.618191
PHP 64.20096
PKR 318.17154
PLN 4.302515
PYG 9062.289887
QAR 4.139505
RON 4.978165
RSD 117.200983
RUB 94.663523
RWF 1606.499015
SAR 4.251369
SBD 9.481096
SCR 16.184587
SDG 680.350222
SEK 11.157965
SGD 1.491086
SHP 0.890337
SLE 25.77533
SLL 23757.820347
SOS 648.028976
SRD 42.089467
STD 23450.215557
SVC 9.922938
SYP 14730.730448
SZL 21.398051
THB 37.795711
TJS 12.292459
TMT 3.976729
TND 3.403507
TOP 2.653535
TRY 43.183648
TTD 7.700779
TWD 36.810574
TZS 3019.368401
UAH 46.697506
UGX 4157.297997
USD 1.132971
UYU 48.381047
UZS 14706.978945
VES 87.372527
VND 29292.969347
VUV 139.130695
WST 3.179567
XAF 655.682775
XAG 0.035063
XAU 0.000346
XCD 3.061911
XDR 0.814992
XOF 655.68856
XPF 119.331742
YER 277.946185
ZAR 21.586043
ZMK 10198.10614
ZMW 32.148555
ZWL 364.816251
Suprema Corte dos EUA adia em dois dias decisão sobre pílula abortiva
Suprema Corte dos EUA adia em dois dias decisão sobre pílula abortiva / foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS - AFP/Arquivos

Suprema Corte dos EUA adia em dois dias decisão sobre pílula abortiva

A Suprema Corte dos Estados Unidos, que devia se pronunciar nesta quarta-feira (19) sobre o quebra-cabeças legal que selará o destino de uma pílula abortiva de amplo uso no país, adiou em dois dias sua aguardada decisão, estendendo temporariamente o pleno acesso à mesma.

Tamanho do texto:

Em um novo capítulo da saga, acompanhada com desânimo por defensores e críticos do direito ao aborto, o juiz Samuel Alito informou, em um texto breve, que a suspensão pela máxima corte dos EUA da decisão de um tribunal inferior sobre a pílula foi prorrogada por 48 horas, até as "23h59 de sexta-feira, 21 de abril".

"A Corte deveria encerrar de uma vez por todas este caso perigoso e infundado", reagiu de imediato a organização de defesa dos direitos civis ACLU.

"As pessoas que precisam de um aborto ou de um tratamento para um aborto espontâneo não deveriam ficar sentadas perguntando-se se poderão ter acesso ao atendimento de que precisam ou se a Suprema Corte vai tirá-los abruptamente", acrescentou.

Menos de um ano depois de revogar o direito constitucional ao aborto no país e após sentenças judiciais contraditórias, o alto tribunal, de maioria conservadora, foi provocado a examinar o tema pelo governo de Joe Biden.

O que está em jogo é o acesso ao medicamento mifepristona em todo o território americano.

Em combinação com outra medicação, a mifepristona é usada em mais da metade dos abortos nos Estados Unidos. Mais de cinco milhões de americanas já a tomaram desde que foi autorizada pela agência americana de medicamentos, FDA, há mais de 20 anos.

- Juiz contra juiz -

A saga legal atual começou quando, após uma ação de uma coalizão de grupos antiaborto, um juiz federal do Texas retirou a autorização de comercialização da mifepristona em 7 de abril. Apesar do consenso científico, o magistrado considerou que trazia riscos para a saúde das mulheres.

O governo Biden recorreu da sentença e uma corte de apelações permitiu, em 12 de abril, que a pílula abortiva continuasse autorizada, mas limitou as facilidades concedidas pela FDA: restringiu o uso do remédio às sete semanas de gestação, ao invés de dez, e proibiu seu envio pelo correio.

O governo federal recorreu, então, em caráter de urgência à Suprema Corte, que na sexta-feira manteve temporariamente o acesso à pílula abortiva.

A Suprema Corte determinou que a suspensão da decisão da corte de apelações durasse até esta quarta-feira. As partes tinham até o meio-dia de terça para apresentar suas alegações.

Em sua argumentação, a coalizão antiaborto que apresentou pela primeira vez o caso contra a FDA instou o Supremo americano a manter a sentença da corte de apelações.

Caso contrário, disse, "a mifepristona provocará mais complicações físicas, trauma emocional e inclusive a morte das mulheres".

O Departamento de Justiça (DoJ), que encabeça a oposição à investida legal contra a pílula abortiva, sustentou que a decisão judicial inicial se baseou em uma "avaliação profundamente equivocada" da segurança da pílula e também questionou a decisão da corte de apelações.

A Suprema Corte, que tem maioria conservadora de 6 a 3, poderia decidir pelo restabelecimento das restrições instauradas na apelação, pela proibição total ou por alguma outra configuração.

- Pingue-pongue judicial -

A nova batalha sobre a mifepristona virou um "pingue-pongue judicial", que está "causando caos e confusão", segundo Carrie Flaxman, da organização de defesa dos direitos reprodutivos Planned Parenthood.

A Suprema Corte "enfrenta uma escolha clara: manter um fato legal e científica ou capitular frente ao extremismo. Apoiar o povo americano ou trair sua confiança. Proteger a liberdade ou incentivar a tirania", afirmou, nesta quarta, em Washington, a congressista democrata Katherine Clark.

"Os republicanos têm um objetivo: proibir o aborto em todo o país", acrescentou.

Muitos temem que estas demandas abram o caminho para que os tribunais impugnem outros medicamentos. "Um juiz pode fazer o mesmo com as vacinas ou os antidepressivos que não lhe agradem", alertou Josh Sharfstein, ex-funcionário da FDA.

Desde que a Suprema Corte anulou, em junho passado, a histórica decisão Roe vs. Wade, que consagrou o direito constitucional ao aborto por meio século, cerca de 20 estados proibiram ou restringiram severamente o acesso ao aborto.

Pesquisas de opinião mostram que uma clara maioria de americanos apoia um acesso continuado ao aborto seguro, inclusive quando os grupos conservadores pressionam para limitar o procedimento ou proibi-lo por completo.

Segundo estudos, as gestações são interrompidas com sucesso em mais de 95% dos casos nos quais a mifepristona é usada.

(Y.Berger--BBZ)