Berliner Boersenzeitung - Maternidade homoafetiva é tabu na Coreia do Sul, apesar da crise demográfica

EUR -
AED 3.877778
AFN 71.271515
ALL 98.59535
AMD 413.462933
ANG 1.903582
AOA 961.768186
ARS 1064.199874
AUD 1.625379
AWG 1.900348
AZN 1.843346
BAM 1.962322
BBD 2.132637
BDT 126.220694
BGN 1.953954
BHD 0.398005
BIF 3057.448572
BMD 1.055749
BND 1.418481
BOB 7.299086
BRL 6.272703
BSD 1.056286
BTN 89.185255
BWP 14.429753
BYN 3.456606
BYR 20692.676798
BZD 2.129025
CAD 1.481031
CDF 3029.999267
CHF 0.931894
CLF 0.037395
CLP 1031.83636
CNY 7.651543
CNH 7.651582
COP 4628.930685
CRC 539.49815
CUC 1.055749
CUP 27.977344
CVE 111.566223
CZK 25.273042
DJF 187.628206
DKK 7.458184
DOP 63.819976
DZD 140.950899
EGP 52.437454
ERN 15.836232
ETB 133.507054
FJD 2.395125
FKP 0.83332
GBP 0.833115
GEL 2.887506
GGP 0.83332
GHS 16.46934
GIP 0.83332
GMD 74.957898
GNF 9112.168509
GTQ 8.149084
GYD 220.979199
HKD 8.215206
HNL 26.714787
HRK 7.53093
HTG 138.531727
HUF 412.322879
IDR 16777.537888
ILS 3.858672
IMP 0.83332
INR 89.126896
IQD 1383.711919
IRR 44420.631553
ISK 144.69047
JEP 0.83332
JMD 166.844513
JOD 0.748843
JPY 159.901629
KES 136.719246
KGS 91.632997
KHR 4254.667825
KMF 495.093088
KPW 950.173534
KRW 1471.117329
KWD 0.324558
KYD 0.880213
KZT 530.86939
LAK 23192.531954
LBP 94586.320986
LKR 307.364447
LRD 189.06568
LSL 19.163992
LTL 3.117351
LVL 0.638612
LYD 5.168177
MAD 10.583374
MDL 19.345019
MGA 4942.308894
MKD 61.472338
MMK 3429.030973
MNT 3587.434421
MOP 8.464713
MRU 41.989559
MUR 49.324477
MVR 16.311093
MWK 1831.543826
MXN 21.751081
MYR 4.682246
MZN 67.459492
NAD 19.163992
NGN 1778.999815
NIO 38.869183
NOK 11.691906
NPR 142.691862
NZD 1.791758
OMR 0.406453
PAB 1.056286
PEN 3.982252
PGK 4.259054
PHP 61.948222
PKR 293.502746
PLN 4.303968
PYG 8256.440554
QAR 3.849804
RON 4.975428
RSD 116.964263
RUB 119.459751
RWF 1455.416446
SAR 3.965957
SBD 8.858356
SCR 14.310718
SDG 635.020591
SEK 11.530414
SGD 1.415928
SHP 0.83332
SLE 23.964355
SLL 22138.529802
SOS 603.692095
SRD 37.363475
STD 21851.868948
SVC 9.242806
SYP 2652.600424
SZL 19.160863
THB 36.476158
TJS 11.328181
TMT 3.705678
TND 3.318233
TOP 2.472671
TRY 36.582468
TTD 7.169897
TWD 34.221567
TZS 2793.100662
UAH 43.977519
UGX 3897.862374
USD 1.055749
UYU 45.269382
UZS 13570.781589
VES 49.405441
VND 26800.1837
VUV 125.340621
WST 2.947219
XAF 658.134983
XAG 0.035064
XAU 0.0004
XCD 2.853214
XDR 0.807966
XOF 658.144365
XPF 119.331742
YER 263.857985
ZAR 19.2052
ZMK 9503.007093
ZMW 28.809066
ZWL 339.950688
Maternidade homoafetiva é tabu na Coreia do Sul, apesar da crise demográfica
Maternidade homoafetiva é tabu na Coreia do Sul, apesar da crise demográfica / foto: Jung Yeon-je - AFP

Maternidade homoafetiva é tabu na Coreia do Sul, apesar da crise demográfica

A Coreia do Sul investe bilhões de dólares em políticas para aumentar as taxas de natalidade. Mas quando Kim Kyu-jin e sua companheira, ambas mulheres, quiseram ter um filho, precisaram viajar para a Bélgica.

Tamanho do texto:

Kim se casou em Nova York, porque na Coreia do Sul os casamentos homoafetivos não são reconhecidos. Seu estado civil ainda é de solteira.

O casal encontrou muitas barreiras quando decidiu ter um filho, já que as pessoas solteiras não têm acesso à adoção e os bancos de esperma são para casais heterossexuais com problemas de fertilidade.

Kim Kyu-jin e sua esposa Kim Sae-yeon, que coincidentemente têm o mesmo sobrenome, decidiram recorrer a um banco de esperma na Bélgica.

Agora, Kyu-jin está grávida de oito meses e as duas querem que seu filho nasça na Coreia do Sul, no mesmo hospital onde Sae-yeon trabalha como médica, para conscientizar o público sobre a maternidade homoafetiva.

"Este bebê vai crescer com duas mães felizes. É muito provável que será muito feliz", disse Sae-yeon.

- Obstáculos e críticas -

A taxa de natalidade na Coreia do Sul é de 0,78 filho por mulher, uma das menores do mundo. O país investiu bilhões de dólares para incentivar seus cidadãos a terem filhos, sem sucesso.

Entre as políticas adotadas está o subsídio para tratamentos de fertilidade, auxílio às famílias e creches gratuitas. Mas essa política é voltada exclusivamente para casais heterossexuais e reflete o preconceito contra mães solo, em um país onde apenas 2,5% das crianças nascem fora do casamento, ante 40% nos países da OCDE.

Na Coreia do Sul, as pessoas que tentam ser pais e mães "fora do sistema convencional" enfrentam muitas críticas, disse Sae-yeon.

Há também os obstáculos práticos. Por exemplo, Sae-yeon não tem nenhum direito legal sobre seu filho e também não pode tirar licença maternidade.

A ideia de ter filhos surgiu quando Kyu-jin trabalhava na França. Quando seu chefe descobriu que ela era lésbica e casada, perguntou se ela planejava constituir família.

"Isso me pegou de surpresa. Foi uma pergunta tão pessoal e pensei que se as pessoas perguntam isso a alguém que acabaram de conhecer, é porque deve haver muitas lésbicas que têm filhos" na França, contou.

Na Coreia do Sul, as duas foram criticadas por serem "egoístas", já que alguns afirmam que seu filho será discriminado.

Elas cogitam emigrar caso considerem que a educação em seu país é muito complicada.

"Existem pessoas bem-intencionadas que se preocupam com nosso filho, que estão preocupadas com o sofrimento [emocional] que ele vai vivenciar", disse Kyu-jin.

Os avós do bebê não têm planos de conhecê-lo, já que Sae-yeon tem uma relação difícil com os pais, que não compareceram ao casamento dela em 2019. Ela espera que um dia eles aceitem seu relacionamento com Kyu-jin e conheçam o neto.

"Não sei quanto tempo vai demorar até lá. Mas acho que eles vão se arrepender de perder tantos bons momentos divertidos", afirmou.

(Y.Berger--BBZ)