Berliner Boersenzeitung - Governo do México diz ter localizado 16.681 desaparecidos, a maioria desde 2006

EUR -
AED 4.104397
AFN 76.945413
ALL 99.231189
AMD 432.617988
ANG 2.010719
AOA 1036.724537
ARS 1074.259252
AUD 1.641361
AWG 2.011389
AZN 1.904081
BAM 1.955429
BBD 2.252673
BDT 133.324726
BGN 1.955529
BHD 0.42042
BIF 3234.286875
BMD 1.117438
BND 1.441627
BOB 7.709539
BRL 6.055052
BSD 1.115688
BTN 93.249023
BWP 14.748204
BYN 3.651208
BYR 21901.788071
BZD 2.248874
CAD 1.517202
CDF 3208.165381
CHF 0.950204
CLF 0.037689
CLP 1039.944272
CNY 7.880067
CNH 7.870123
COP 4641.820049
CRC 578.89026
CUC 1.117438
CUP 29.612111
CVE 110.244101
CZK 25.088056
DJF 198.672338
DKK 7.466767
DOP 66.967305
DZD 147.657009
EGP 54.142736
ERN 16.761573
ETB 129.466357
FJD 2.459262
FKP 0.850995
GBP 0.839107
GEL 3.051043
GGP 0.850995
GHS 17.539675
GIP 0.850995
GMD 76.548818
GNF 9639.172699
GTQ 8.624365
GYD 233.395755
HKD 8.704949
HNL 27.675753
HRK 7.597474
HTG 147.212093
HUF 393.517458
IDR 16941.25656
ILS 4.221139
IMP 0.850995
INR 93.284241
IQD 1461.522939
IRR 47035.770303
ISK 152.262556
JEP 0.850995
JMD 175.286771
JOD 0.791709
JPY 160.803866
KES 143.922717
KGS 94.13132
KHR 4531.14103
KMF 493.181764
KPW 1005.693717
KRW 1488.975611
KWD 0.340897
KYD 0.929724
KZT 534.908597
LAK 24636.329683
LBP 99909.860054
LKR 340.395471
LRD 223.1377
LSL 19.586187
LTL 3.299505
LVL 0.675928
LYD 5.297996
MAD 10.818149
MDL 19.468309
MGA 5046.04342
MKD 61.603322
MMK 3629.395577
MNT 3797.054841
MOP 8.955702
MRU 44.337595
MUR 51.268486
MVR 17.164273
MWK 1934.433289
MXN 21.697078
MYR 4.698871
MZN 71.348848
NAD 19.586187
NGN 1831.984424
NIO 41.062216
NOK 11.713438
NPR 149.198716
NZD 1.791484
OMR 0.429669
PAB 1.115688
PEN 4.181807
PGK 4.367172
PHP 62.188829
PKR 309.994034
PLN 4.274593
PYG 8704.349913
QAR 4.067529
RON 4.972492
RSD 117.203662
RUB 103.07316
RWF 1504.014883
SAR 4.193134
SBD 9.282489
SCR 14.578236
SDG 672.143165
SEK 11.364797
SGD 1.442952
SHP 0.850995
SLE 25.530448
SLL 23432.113894
SOS 637.579134
SRD 33.752262
STD 23128.713955
SVC 9.762149
SYP 2807.596846
SZL 19.593286
THB 36.793929
TJS 11.859752
TMT 3.911034
TND 3.380559
TOP 2.617156
TRY 38.132438
TTD 7.588561
TWD 35.736832
TZS 3045.822602
UAH 46.114158
UGX 4133.216465
USD 1.117438
UYU 46.101261
UZS 14197.308611
VEF 4047978.463464
VES 41.096875
VND 27494.566096
VUV 132.664504
WST 3.125992
XAF 655.832674
XAG 0.035881
XAU 0.000426
XCD 3.019933
XDR 0.826843
XOF 655.832674
XPF 119.331742
YER 279.722751
ZAR 19.426272
ZMK 10058.288435
ZMW 29.537401
ZWL 359.814634
Governo do México diz ter localizado 16.681 desaparecidos, a maioria desde 2006
Governo do México diz ter localizado 16.681 desaparecidos, a maioria desde 2006 / foto: ULISES RUIZ - AFP/Arquivos

Governo do México diz ter localizado 16.681 desaparecidos, a maioria desde 2006

O governo do México apresentou, nesta quinta-feira (14), um relatório polêmico segundo o qual as autoridades localizaram 16.681 pessoas reportadas como desaparecidas em um registro nacional que reúne mais de 110.000 casos, a grande maioria desde 2006, devido à violência do narcotráfico.

Tamanho do texto:

Depois de depurar desde maio passado a base de dados nacional, que reporta casos desde 1961, constatou-se que, "dos 110.964 registros (de desaparecimentos), 15% já foram localizados", disse a secretária do Interior, Luisa María Alcalde, durante entrevista coletiva da Presidência.

O presidente Andrés Manuel López Obrador anunciou há meses que o registro nacional de desaparecimentos seria revisado detalhadamente, por ter sido administrado de maneira maliciosa, ou por estar desatualizado.

Esse processo foi alvo de críticas por parte dos defensores de direitos humanos, políticos da oposição e coletivos de familiares de desaparecidos, que acusam o governo de tentar reduzir os números.

"Não apagamos ninguém, incluindo os 16.681 que já estão identificados, não vão ser apagados" do registro, assegurou o mandatário.

Até a manhã desta quinta, o registro de pessoas desaparecidas, gerido pelo governo e que é atualizado constantemente com dados de procuradorias estatais, somava 113.322 casos.

O governo revisou 110.964 registros acumulados até agosto. O processo continuará e haverá relatórios bimestrais.

- 11% de casos confirmados -

"Não estamos desaparecendo com desaparecidos, não se apagou nem se apagará nenhum registro", disse Alcalde ao apresentar os resultados do polêmico projeto.

O governo revisou os registros oficiais - como pagamentos de impostos, serviços de saúde ou escolares, e outros -, para determinar se havia algum sinal de vida dos desaparecidos.

Alcalde detalhou que encontraram provas fidedignas do paradeiro de 16.681 pessoas. Desse total, 3.945 foram encontradas em suas casas, e 8.405 têm alguma prova de vida fornecida pelas autoridades locais. Descobriu-se também que 197 estão presas e que 4.134 morreram.

A funcionária contou, ainda, que "há indícios importantes de localização" de outras 17.843 pessoas, reportadas na mesma base de dados de desaparecidos.

Segundo o governo, entre os mais de 110 mil casos que revisaram, apenas em 12.377 (11%) encontraram elementos que confirmam o desaparecimento, uma vez que são alvo de investigações nos Ministérios Públicos locais.

A ex-chefe da Comissão Nacional de Busca de Desaparecidos, Karla Quintana, demitiu-se em agosto passado por discordar da maneira como o registro estava sendo atualizado.

- Números imprecisos -

Esse relatório foi recebido com ceticismo por coletivos de familiares de desaparecidos consultados pela AFP, pois consideram que existe uma subnotificação de casos porque não há denúncia ou não foram incluídos na estatística oficial.

Héctor Flores, da organização Luz e Esperança, do estado de Jalisco (oeste), explicou à AFP que sua associação reúne familiares de cerca de 400 pessoas cujo paradeiro é desconhecido, mas nenhuma aparece no registro nacional.

"Foi apresentada uma denúncia de 90% de desaparecimentos, mas o Ministério Público estadual não as reportou ao governo federal. E, desta maneira, pode ocorrer em outros estados", disse.

Flores explicou que nenhum dos integrantes do coletivo foi consultado pelas autoridades federais ou estaduais.

Jalisco, estado que concentra o maior número de desaparecimentos, revisou sua estatística mediante um censo para avaliar cerca de 14.500 casos de desaparecimentos, mas Ríos defende que, com base nos relatórios dos coletivos, seriam cerca de 18.000.

Cecilia Flores, das Madres Buscadoras do estado de Sonora e cujo filho desapareceu em 2015, reconheceu que o registro nacional pode ter imprecisões, já que seu coletivo comprovou que quando as pessoas são localizadas, algumas famílias preferem não retirar a denúncia por medo, sobretudo se viverem em zonas com presença do narcotráfico.

"Mas também há uma subotificação porque muitos desaparecimentos não são denunciados por medo. O que se necessita, mais que depurar o registro, é que o governo faça seu trabalho: investigar e localizar nossos desaparecidos", acrescentou.

O registro inclui casos desde 1961, mas a grande maioria dos desaparecimentos se acumulou desde 2006, quando o governo federal lançou uma polêmica operação militar contra as drogas.

Um dos casos mais emblemáticos é o desaparecimento de 43 estudantes da escola normal de Ayotzinapa (estado de Guerrero, sul), em setembro de 2014.

Segundo números oficiais, desde dezembro de 2006, foram contabilizados mais de 420.000 homicídios, além dos desaparecimentos.

(B.Hartmann--BBZ)