Berliner Boersenzeitung - Manchester City, o sucesso de um modelo polêmico

EUR -
AED 4.100541
AFN 77.413379
ALL 99.399129
AMD 432.522876
ANG 2.01379
AOA 1036.582754
ARS 1074.840314
AUD 1.638402
AWG 2.009533
AZN 1.897724
BAM 1.956408
BBD 2.256061
BDT 133.531523
BGN 1.965931
BHD 0.42069
BIF 3238.849139
BMD 1.116407
BND 1.442823
BOB 7.721263
BRL 6.056951
BSD 1.117427
BTN 93.461652
BWP 14.702308
BYN 3.656772
BYR 21881.580359
BZD 2.25225
CAD 1.514613
CDF 3205.205045
CHF 0.946283
CLF 0.037662
CLP 1039.219035
CNY 7.873799
CNH 7.872619
COP 4650.114928
CRC 578.833333
CUC 1.116407
CUP 29.58479
CVE 110.296334
CZK 25.090913
DJF 198.97831
DKK 7.459754
DOP 67.075451
DZD 147.825397
EGP 54.173877
ERN 16.746107
ETB 128.596137
FJD 2.455869
FKP 0.85021
GBP 0.83926
GEL 3.047887
GGP 0.85021
GHS 17.599236
GIP 0.85021
GMD 76.474898
GNF 9654.915838
GTQ 8.637454
GYD 233.728494
HKD 8.699742
HNL 27.718371
HRK 7.590465
HTG 147.253152
HUF 394.292293
IDR 16913.28939
ILS 4.20618
IMP 0.85021
INR 93.316901
IQD 1463.742058
IRR 46992.371728
ISK 152.289464
JEP 0.85021
JMD 175.553018
JOD 0.791199
JPY 160.503655
KES 144.139301
KGS 94.085197
KHR 4535.288434
KMF 492.726608
KPW 1004.765812
KRW 1489.013615
KWD 0.340571
KYD 0.931181
KZT 535.171625
LAK 24673.45152
LBP 100061.122739
LKR 340.132722
LRD 223.475489
LSL 19.46858
LTL 3.29646
LVL 0.675304
LYD 5.32256
MAD 10.836176
MDL 19.498889
MGA 5034.475344
MKD 61.633614
MMK 3626.046911
MNT 3793.551484
MOP 8.970209
MRU 44.231754
MUR 51.22014
MVR 17.147489
MWK 1937.559121
MXN 21.703614
MYR 4.686123
MZN 71.282382
NAD 19.46858
NGN 1830.829635
NIO 41.122419
NOK 11.727561
NPR 149.530444
NZD 1.789646
OMR 0.429775
PAB 1.117427
PEN 4.194911
PGK 4.43634
PHP 62.087309
PKR 310.770571
PLN 4.277173
PYG 8722.55613
QAR 4.073657
RON 4.974597
RSD 117.085453
RUB 103.966336
RWF 1504.840991
SAR 4.189301
SBD 9.273924
SCR 15.205395
SDG 671.516557
SEK 11.363724
SGD 1.441756
SHP 0.85021
SLE 25.506892
SLL 23410.494226
SOS 638.592859
SRD 33.328128
STD 23107.374219
SVC 9.776953
SYP 2805.006413
SZL 19.453701
THB 36.873802
TJS 11.877787
TMT 3.907425
TND 3.384361
TOP 2.614734
TRY 38.083886
TTD 7.595294
TWD 35.710288
TZS 3046.342404
UAH 46.304169
UGX 4149.215921
USD 1.116407
UYU 45.903041
UZS 14235.29914
VEF 4044243.591204
VES 41.033447
VND 27452.452093
VUV 132.542101
WST 3.123107
XAF 656.149283
XAG 0.035721
XAU 0.000428
XCD 3.017146
XDR 0.828143
XOF 656.149283
XPF 119.331742
YER 279.464658
ZAR 19.611015
ZMK 10049.009427
ZMW 29.079391
ZWL 359.48265
Manchester City, o sucesso de um modelo polêmico
Manchester City, o sucesso de um modelo polêmico / foto: Paul ELLIS - AFP

Manchester City, o sucesso de um modelo polêmico

Com o tão sonhado título da Liga dos Campeões 2022-2023 conquistado neste sábado (10) ao vencer a Inter de Milão por 1 a 0 na final em Istambul, o Manchester City e seus donos bilionários finalmente têm o troféu que era uma verdadeira obsessão.

Tamanho do texto:

Quinze anos após a compra do clube pelo xeque Mansour Ben Zayed Al Nahyane, vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos, um clube estatal sobe ao topo da Europa.

O título também chega no ano em que a Premier League, após quatro anos de investigação, acusou o Manchester City de 115 violações de regras financeiras entre 2009 e 2018.

Esse processo pode demorar e, apesar do precedente da denúncia da Uefa por motivos semelhantes que foi anulada pelo Tribunal Arbitral do Esporte em 2020, a sombra paira sobre os sucessos da equipe.

Antes mesmo de se falar sobre um possível "doping financeiro", é colocada a questão da utilização do clube como instrumento de influência de um regime criticado por organizações como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch pela falta de liberdade de expressão, pelas prisões arbitrárias ou discriminação contra mulheres e minorias sexuais.

O City Football Group (CFG), a 'holding' tentacular presente no capital de doze clubes dos cinco continentes, afirma não ser um instrumento de "soft power" mas um investimento pessoal do xeque Mansour. O mesmo Mansour que, em setembro de 2017, à frente do 'Conselho Estratégico do Soft Power dos Emirados' declarou: "nosso objetivo é ampliar a posição dos Emirados Árabes Unidos no mundo e no coração das pessoas". E o mesmo que, até a final deste sábado, não assistia a uma partida oficial do City desde a vitória por 3 a 0 sobre o Liverpool em 2010, o que mostra que não se trata de um torcedor apaixonado.

- Campeão em apenas quatro anos -

Nos esforços dos Emirados Árabes Unidos para diversificar suas fontes de renda e atrair a atenção de países ocidentais ou da China, o Manchester City certamente pesa pouco, mas a presidência foi confiada a Khaldoon Al Mubarak, líder do fundo soberano do emirado.

Abu Dhabi, pioneiro no futebol europeu em 2008, salvou da falência o Manchester City, então propriedade do ex-primeiro-ministro tailandês Thaksin Shinawatra, descrito na época como "um violador dos direitos humanos da pior espécie" pela Human Rights Watch.

O modelo do City foi posteriormente imitado pelo Catar em 2011 ao assumir o Paris Saint-Germain. E pela Arábia Saudita que tomou as rédeas do Newcastle em 2021.

A verdade é que a chegada dos emirados trouxe o Manchester City para outra dimensão. Era um clube muito popular, mas esportivamente no segundo escalão e à sombra do vizinho United. Mas tudo isso logo mudou.

Foi décimo na Premier League em 2009, quinto em 2010, terceiro em 2011 e em seu quarto ano com os emirados, o Manchester City se sagrou campeão inglês.

Nos últimos treze anos, os 'Sky Blues' terminaram doze vezes no pódio, conquistando sete títulos da Premier league, quatro deles nas últimas cinco temporadas. A isto se juntam três Copas da Inglaterra e seis Copas da Liga Inglesa.

Essa 'tomada de poder' foi feita com grandes investimentos desde 2008 e contratações chamativas como Robinho no início e, mais recentemente, o astro norueguês Erling Haaland.

- Uma fórmula madura -

Para completar sua visibilidade, Abu Dhabi não hesitou também em fazer enormes investimentos em projetos urbanísticos e habitacionais na cidade de Manchester.

Mas nas últimas cinco temporadas, os 'Citizens' ocuparam apenas o 16º lugar entre os clubes mais gastadores da Premier League, segundo dados do Centro Internacional de Estudos Esportivos de Neuchâtel (Suíça), publicados em fevereiro, que indicam que seu modelo parece ter atingido a maturidade.

Apesar das decepções até este sábado na Liga dos Campeões, o City tem dado sinais de estabilidade e não tem caído em crises nervosas como as do Paris Saint-Germain.

Com o diretor executivo Ferrán Soriano, o diretor esportivo Txiki Begiristain e, obviamente, o técnico Josep Guardiola, a espinha dorsal se manteve e a aposta finalmente deu certo. O previsível sucesso de um modelo controverso.

(A.Berg--BBZ)