Brasil quer surpreender no Mundial de Basquete
O Brasil quer surpreender no Mundial de Basquete de 2023 seguindo a filosofia do "um passo de cada vez", e espera assim avançar no Grupo G, no qual a atual campeã, a Espanha, é a favorita.
Sem a força de antigamente que levou a seleção brasileira a conquistar o bicampeonato mundial em 1959 e 1963, o técnico brasileiro Gustavo de Conti espera pelo menos se classificar para a segunda fase com um elenco que mistura juventude e experiência.
"O objetivo principal hoje é a gente passar da primeira fase, [...] Esperamos jogar os cruzamentos e tentar chegar entre os oito", disse De Conti à AFP.
Os espanhóis são os favoritos a ficarem com uma das duas vagas do Grupo G do torneio que será disputado na Indonésia, Japão e Filipinas entre 25 de agosto e 10 de setembro.
A segunda vaga do Grupo G deverá, em tese, ser disputada por brasileiros, iranianos e marfinenses em Jacarta.
O Brasil, que participou de todas os Mundiais de basquete (19, contando este de 2023), estreia contra o Irã no dia 26 de agosto, enfrenta a Espanha no dia 28 e fecha contra a Costa do Marfim em 30 de agosto.
"A Espanha não precisamos nem comentar. O Irã é sempre um adversário tradicional do Brasil e temos um histórico de vitórias contra o Irã, mas sempre são jogos difíceis", afirmou De Conti, de 43 anos.
"Para muitos a Costa de Marfim pode ser uma surpresa, mas tem muitos jogadores internacionais, praticamente a equipe quase que toda jogando na França ou nos Estados Unidos. Mas eles demostraram ser uma equipe muito forte", acrescentou.
- Marcelinho, um líder 'quarentão' -
A lista dos doze convocados é encabeçada pelo experiente armador Marcelinho Huertas (CB Canarias, ESP), de 40 anos, que fará sua quinta participação em uma Copa do Mundo.
Ao lado dele estão também os armadores Raúl Neto, de 31 anos, e Yago Mateus, de 24.
'Raulzinho' era o único brasileiro na NBA (Cleveland Cavaliers) até recentemente assinar com o turco Fenerbahçe. Ele disputará sua terceira Copa do Mundo (2010 e 2014), após ficar afastado por lesão da edição da China-2019, em que o Brasil foi eliminado na segunda fase.
Já Yago Mateus (Red Star, SRB) estreou no Mundial da China e mostrou seu valor ao se destacar nas eliminatórias americanas.
"Destaco a variedade, a versatilidade tática que a gente tem. Nós temos armadores que podem acelerar o jogo, outros que podem jogar mais pausado", observou De Conti. "Contamos com uma geração de jogadores jovens que já vem mostrando seu talento e muita personalidade".
Além de avançar o máximo possível, o Brasil sabe que o Mundial oferece vagas nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 para as duas melhores das sete seleções americanas que participam do torneio este ano.
"A vaga nos Jogos Olímpicos seria um prêmio muito grande para nós, sem dúvida nenhuma", disse De Conti. "Mas é uma coisa que está fora de nosso controle porque as outras seleções estão nas outras chaves, a gente não pode ficar controlando o que acontece com os outros times. Temos que pensar no nosso e ir passo a passo", concluiu o técnico.
(U.Gruber--BBZ)