Berliner Boersenzeitung - França tem 1º de maio de protestos contra reforma da Previdência

EUR -
AED 4.081513
AFN 77.230118
ALL 99.042862
AMD 430.140447
ANG 2.003297
AOA 1032.870816
ARS 1069.272543
AUD 1.642244
AWG 2.001578
AZN 1.891198
BAM 1.953279
BBD 2.244384
BDT 132.82382
BGN 1.955628
BHD 0.418727
BIF 3214.74806
BMD 1.111216
BND 1.437883
BOB 7.68095
BRL 6.070127
BSD 1.111556
BTN 93.071223
BWP 14.684447
BYN 3.637804
BYR 21779.834762
BZD 2.240568
CAD 1.512215
CDF 3189.190401
CHF 0.941761
CLF 0.037483
CLP 1034.264491
CNY 7.869634
CNH 7.889245
COP 4656.273092
CRC 575.347202
CUC 1.111216
CUP 29.447226
CVE 110.581035
CZK 25.072369
DJF 197.485658
DKK 7.459843
DOP 66.72826
DZD 146.835789
EGP 53.922652
ERN 16.668241
ETB 129.160898
FJD 2.451457
FKP 0.846257
GBP 0.841741
GEL 2.980835
GGP 0.846257
GHS 17.457112
GIP 0.846257
GMD 76.673956
GNF 9612.018347
GTQ 8.597828
GYD 232.625627
HKD 8.660018
HNL 27.735577
HRK 7.55517
HTG 146.669414
HUF 394.304073
IDR 17004.939355
ILS 4.199563
IMP 0.846257
INR 93.080735
IQD 1455.693038
IRR 46787.751798
ISK 152.292299
JEP 0.846257
JMD 174.634647
JOD 0.787521
JPY 158.672729
KES 143.346323
KGS 93.744637
KHR 4522.64896
KMF 491.711705
KPW 1000.093823
KRW 1476.253041
KWD 0.338843
KYD 0.92633
KZT 532.423365
LAK 24568.987385
LBP 99509.397658
LKR 337.191845
LRD 216.687298
LSL 19.545888
LTL 3.281132
LVL 0.672163
LYD 5.283827
MAD 10.841857
MDL 19.313599
MGA 5067.145444
MKD 61.530629
MMK 3609.186415
MNT 3775.91212
MOP 8.922126
MRU 44.114338
MUR 50.948991
MVR 17.057703
MWK 1928.515872
MXN 21.403543
MYR 4.724337
MZN 71.006746
NAD 19.546773
NGN 1821.761212
NIO 40.848097
NOK 11.769856
NPR 148.920849
NZD 1.788863
OMR 0.42778
PAB 1.111546
PEN 4.195007
PGK 4.36469
PHP 62.030859
PKR 309.085048
PLN 4.273859
PYG 8666.738233
QAR 4.04566
RON 4.975249
RSD 117.057684
RUB 104.038142
RWF 1489.029519
SAR 4.170346
SBD 9.246166
SCR 14.965422
SDG 668.391412
SEK 11.34546
SGD 1.440891
SHP 0.846257
SLE 25.38829
SLL 23301.639441
SOS 634.504739
SRD 33.417049
STD 22999.928891
SVC 9.726099
SYP 2791.963614
SZL 19.545971
THB 37.115306
TJS 11.838011
TMT 3.900368
TND 3.36811
TOP 2.611133
TRY 37.856354
TTD 7.550121
TWD 35.523332
TZS 3027.441423
UAH 46.079379
UGX 4134.627366
USD 1.111216
UYU 45.549582
UZS 14162.448707
VEF 4025438.551901
VES 40.818578
VND 27363.69546
VUV 131.925803
WST 3.108586
XAF 655.129292
XAG 0.036848
XAU 0.000435
XCD 3.003117
XDR 0.823859
XOF 655.049687
XPF 119.331742
YER 278.192985
ZAR 19.512729
ZMK 10002.272396
ZMW 29.428495
ZWL 357.811118
França tem 1º de maio de protestos contra reforma da Previdência
França tem 1º de maio de protestos contra reforma da Previdência / foto: Frederick FLORIN - AFP

França tem 1º de maio de protestos contra reforma da Previdência

A França vive, nesta segunda-feira, um 1º de maio de protestos multitudinários contra a reforma da Previdência em um contexto de inquietação com a inflação, que tem provocado greves e protestos em todo o mundo nos últimos meses.

Tamanho do texto:

"É um grande 1º de maio. Não é o fim da luta, é o protesto do mundo do trabalho contra esta reforma", disse o líder do sindicato CFDT, Laurent Berger, no começo do protesto, em Paris, por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador.

Centenas de milhares de pessoas voltaram às ruas de várias cidades francesas para protestar contra o adiamento da idade da aposentadoria de 62 para 64 anos em 2030, que o presidente Emmanuel Macron aprovou por decreto e quer adotar a partir de setembro.

Desde o começo do conflito social, em janeiro, a segunda economia da União Europeia (UE) tornou-se o centro das atenções do mundo. Nesta segunda, representantes sindicais de Coreia, Turquia, Colômbia e Espanha, entre outros, estavam presentes em Paris.

"Não se trata de preservar as aposentadorias na França, mas em todo o mundo. As pessoas deveriam poder se aposentar dignamente", disse David Huerta, de 56 anos, representante do sindicato americano do setor de serviços SEIU-USWW.

A reforma da Previdência na França pôs em questão a importância do trabalho na vida dos cidadãos, após a pandemia de covid-19 e os confinamentos decorrentes da crise sanitária, e em plena inquietação com o aquecimento global e suas consequências.

"A covid foi uma espécie de revelação e crise do trabalho, um questionamento ético sobre o peso do mesmo", resumiu o sociólogo Marc Loriol à rádio France Inter, em janeiro, dias depois do início dos protestos na França.

Nesta segunda, ambientalistas atiraram tinta na fachada da Fundação Louis Vuitton e na sede do ministério da Justiça francês, na célebre praça Vendôme, para denunciar, neste último caso, uma "lei [da Previdência] 'climaticida'".

Mas a isto somaram-se as preocupações em nível global com a perda do poder aquisitivo, diante do aumento de preços dos alimentos e da energia, provocado pela invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.

O Reino Unido, onde a inflação passa dos 10%, vive, por exemplo, uma onda de mobilizações sociais pedindo aumento de salários, tanto nos serviços públicos quanto no setor privado.

Esta reivindicação também esteve presente nas manifestações celebradas na Europa, de Portugal à Grécia, após já ter motivado manifestações ou greves setoriais nos últimos meses em vários países, entre eles Canadá e Argentina.

"Mesmo com 5% [de aumento salarial], é complicado. Se os preços estivessem nesse nível, talvez seria possível continuar vivendo, mas subiram muito mais", disse Runold Jacobskötter, um aposentado de 67 anos, durante protesto, nesta segunda, em Berlim.

- Convite ao diálogo -

Na França, os sindicatos estão decididos a prosseguir a luta contra uma reforma "injusta" que, avaliam, penaliza as mulheres que interromperam suas carreiras para cuidar dos filhos e aqueles que começaram a trabalhar muito jovens.

Embora os protestos de 1º de maio tenham sido os mais numerosos neste feriado em anos, não parecem ter alcançado o nível de mobilização do começo de março. As marchas registraram confrontos com policiais em Paris, Nantes e outras cidades.

A saída para a crise parece difícil. Os sindicatos esperam que o Conselho Constitucional valide na quarta-feira um pedido da oposição de esquerda para organizar um referendo que limite a idade da aposentadoria a 62 anos, após a rejeição a uma proposta similar.

Macron, que defende a reforma como uma forma de evitar um futuro déficit no caixa previdenciário, busca, por sua vez, relançar seu segundo mandato, até 2027. Mas em suas viagens pela França é recebido com panelaços e vaias.

Um dos pontos de seu plano para superar o conflito é negociar uma melhora nas condições de trabalho, mas os sindicatos ainda não decidiram se vão participar juntos da reunião que a primeira-ministra, Élisabeth Borne, vai propor em breve.

A imposição da reforma deteriorou a confiança dos franceses em Macron e nas instituições, uma situação que, segundo pesquisas, beneficia a deputada de extrema direita Marine Le Pen.

burs-tjc/mb/mvv

(P.Werner--BBZ)