Berliner Boersenzeitung - Mulheres trans no Equador disputam nova batalha por seus direitos

EUR -
AED 3.938479
AFN 72.914507
ALL 98.273644
AMD 415.153644
ANG 1.933522
AOA 978.447316
ARS 1065.013219
AUD 1.629363
AWG 1.930079
AZN 1.82711
BAM 1.945759
BBD 2.166121
BDT 128.197217
BGN 1.956345
BHD 0.404163
BIF 3109.572424
BMD 1.072266
BND 1.417982
BOB 7.429589
BRL 6.152562
BSD 1.072863
BTN 90.51205
BWP 14.228571
BYN 3.510881
BYR 21016.42052
BZD 2.1624
CAD 1.492359
CDF 3073.115756
CHF 0.939053
CLF 0.037708
CLP 1040.484803
CNY 7.698019
CNH 7.63378
COP 4674.952627
CRC 548.767972
CUC 1.072266
CUP 28.415058
CVE 109.911477
CZK 25.259812
DJF 190.563598
DKK 7.4598
DOP 64.845351
DZD 143.032869
EGP 52.835878
ERN 16.083995
ETB 130.284515
FJD 2.42359
FKP 0.820465
GBP 0.829992
GEL 2.916983
GGP 0.820465
GHS 17.601295
GIP 0.820465
GMD 76.671173
GNF 9253.659008
GTQ 8.293201
GYD 224.451672
HKD 8.336389
HNL 26.871411
HRK 7.386875
HTG 141.171456
HUF 407.198552
IDR 16786.168917
ILS 4.020796
IMP 0.820465
INR 90.481213
IQD 1404.668922
IRR 45134.375558
ISK 148.766647
JEP 0.820465
JMD 170.20843
JOD 0.760348
JPY 163.67614
KES 138.322736
KGS 92.433433
KHR 4364.124433
KMF 493.644665
KPW 965.039476
KRW 1499.246878
KWD 0.328832
KYD 0.893986
KZT 528.119607
LAK 23514.801496
LBP 96844.630524
LKR 313.867297
LRD 203.091292
LSL 18.904465
LTL 3.166124
LVL 0.648604
LYD 5.2009
MAD 10.611688
MDL 19.240704
MGA 4975.31625
MKD 61.451172
MMK 3482.679288
MNT 3643.561097
MOP 8.590169
MRU 42.816002
MUR 49.75717
MVR 16.566921
MWK 1861.454759
MXN 21.634157
MYR 4.699212
MZN 68.521819
NAD 18.90446
NGN 1788.626462
NIO 39.432637
NOK 11.79472
NPR 144.820624
NZD 1.813437
OMR 0.412628
PAB 1.072853
PEN 4.042846
PGK 4.304882
PHP 62.679371
PKR 298.144061
PLN 4.325898
PYG 8388.708377
QAR 3.903854
RON 4.977572
RSD 116.980874
RUB 104.59914
RWF 1460.962906
SAR 4.0275
SBD 8.943509
SCR 14.541819
SDG 644.972153
SEK 11.594742
SGD 1.421508
SHP 0.820465
SLE 24.501684
SLL 22484.885861
SOS 612.26445
SRD 37.497551
STD 22193.748611
SVC 9.387467
SYP 2694.101668
SZL 18.904452
THB 36.687634
TJS 11.404047
TMT 3.763655
TND 3.344939
TOP 2.511359
TRY 36.856587
TTD 7.290377
TWD 34.580984
TZS 2862.951522
UAH 44.288713
UGX 3926.73529
USD 1.072266
UYU 44.817872
UZS 13757.177668
VEF 3884341.194834
VES 47.874003
VND 27101.532073
VUV 127.301648
WST 3.003615
XAF 652.589182
XAG 0.031788
XAU 0.000394
XCD 2.897854
XDR 0.804349
XOF 651.938299
XPF 119.331742
YER 267.878982
ZAR 19.172477
ZMK 9651.687743
ZMW 29.206999
ZWL 345.269328
Mulheres trans no Equador disputam nova batalha por seus direitos
Mulheres trans no Equador disputam nova batalha por seus direitos / foto: Rodrigo BUENDIA - AFP

Mulheres trans no Equador disputam nova batalha por seus direitos

Nebraska León é uma ativista incansável da luta pelos direitos da comunidade LGBTQIAP+ no Equador. Na década de 1990, lutou pela descriminalização da homossexualidade e hoje briga para que o Estado se desculpe e repare os abusos policiais contra essa comunidade.

Tamanho do texto:

Aos 67 anos, ela espera há quase cinco anos uma resposta para uma denúncia pelas agressões da força pública contra gays, lésbicas, trans e bissexuais entre 1980 e 2000.

"Quando sair essa reparação, acho que estarei no cemitério. Não tenho esperança de receber essa justiça e essa reparação que deveriam nos dar agora, agora que estamos vivas", disse León, presidente da associação Nueva Coccinelle, que em 1997 conseguiu a descriminalização da homossexualidade no Equador.

Em seu apartamento no centro histórico de Quito, o cômodo mais amplo e iluminado é uma espécie de museu, com cartazes, recortes de jornal e fotos antigas das Coccinelles em seus anos de juventude. León teme ter o mesmo destino de Jacinta, Rita, Pepita, Vanessa, Gaby e outras mulheres trans que envelheceram em condições precárias e morreram esperando uma resposta da Justiça.

Todas denunciaram estupro, extorsão, violência física e psicológica, prisões arbitrárias e outros abusos por parte da polícia, em uma ação à qual se somaram as organizações "Años dorados LGBTI" e "Sobrevivientes del 516".

- Sobreviver -

A perseguição da força pública ficou registrada em depoimentos reunidos no livro "Los fantasmas se cabrearon", de Purita Pelayom, e coletados por uma Comissão da Verdade formada em 2010 para investigar crimes de Estado. O relatório informa que, até 1997, a polícia tinha o “poder” para “reprimir” a população LGBTQIAP+.

León se recorda das represálias dos agentes, quando não pagavam a extorsão exigida: “Mandavam a gente para uma cela (...), onde tinha gente muito ruim (...) Colocavam a gente lá para sermos estupradas".

A Comissão da Verdade determinou que houve vítimas, principalmente durante o governo de direita de Léon Febres Cordero (1984-1988), mas não identificou casos específicos, afirma Luisa Villacís, que até abril deste ano tratou do caso, patrocinado pela organização de direitos humanos Inredh.

"Como não foram individualizadas neste relatório, as companheiras não poderiam ser indenizadas", explicou Villacís à AFP.

As Coccinelles esperam receber "desculpas públicas por todos esses ultrajes" e uma "reparação financeira para sobreviver, ou viver com dignidade" seus "últimos dias", diz León.

Ela vende o que pode na rua — às vezes, roupa usada, às vezes, comida.

Após 25 anos de descriminalização da homossexualidade, ela garante que "nada mudou" para a população trans.

"Não vivemos, sobrevivemos", desabafa a ativista, reconhecendo que algumas de suas companheiras já idosas se prostituem por necessidade. Outras cuidam de carros em espaços públicos em troca de algumas moedas.

"As pessoas trans continuam sofrendo como se estivéssemos nos anos 1990, quando as pessoas trans eram criminalizadas e discriminadas", acrescenta.

O estudo oficial mais recente sobre a população LGBTQIAP+ no Equador data de 2012 e indica que 7 em cada 10 de seus membros foram maltratados em casa, ou em ambientes educacionais e de trabalho.

(A.Berg--BBZ)