

Começam protestos contra o governo de Peña no Paraguai
Centenas de paraguaios se manifestaram nesta terça-feira (25) em Assunção contra o governo de Santiago Peña, no primeiro de três dias de protesto nacional anunciados para esta semana.
Contingentes de aposentados, sindicalistas e membros de organizações civis e políticas marcharam pacificamente pelas ruas da capital até a Praça de Armas, em frente ao Congresso, para exigir reajustes ao presidente, que em agosto completa dois dos seus cinco anos de mandato.
Os manifestantes reivindicam melhorias em saúde, educação e emprego, aumento das pensões de aposentados e pessoas com deficiência e a recuperação de terras irregulares.
"Nos mobilizamos contra o governo de Santiago Peña e a máfia", declarou o líder camponês Elvio Benítez.
Dezenas de manifestantes bloquearam intermitentemente, por um período de 20 minutos, as principais vias do país em vários trechos sob controle policial, informou a televisão.
Os protestos continuarão na quarta e na quinta-feira sem um apoio claro da oposição política, que ainda tenta se recuperar de sua derrota nas eleições de 2023 para Peña e seu padrinho político, o ex-presidente Horacio Cartes (2013-2018).
Cartes, um poderoso fabricante de tabaco, é o atual chefe do Partido Colorado, que está no governo e domina confortavelmente as duas câmaras do Congresso.
"Esperamos que o presidente Santiago Peña ouça as reivindicações legítimas dos paraguaios", disse a líder dissidente do Partido Colorado Lilian Samaniego.
Para quarta-feira, estão previstas mobilizações de simpatizantes dos partidos opositores e de grupos camponeses, enquanto na quinta marcharão os movimentos indígenas.
O comissário Juan Agüero, responsável pelo controle dos protestos, comentou aos jornalistas que "a polícia está em alerta de segurança" e "coordenando com os organizadores".
Segundo Agüer, há na capital cerca de 12 mil agentes disponíveis que serão encarregados de acompanhar os manifestantes.
(A.Berg--BBZ)