Berliner Boersenzeitung - Oceano escondido sob camada de gelo explicaria origem de CO2 em lua de Júpiter

EUR -
AED 4.083149
AFN 77.259035
ALL 99.082915
AMD 430.315371
ANG 2.00411
AOA 1033.295146
ARS 1069.783838
AUD 1.644235
AWG 2.002391
AZN 1.888518
BAM 1.954073
BBD 2.245295
BDT 132.877763
BGN 1.955784
BHD 0.418982
BIF 3216.05365
BMD 1.111667
BND 1.438467
BOB 7.684069
BRL 6.069034
BSD 1.112007
BTN 93.109022
BWP 14.690411
BYN 3.639281
BYR 21788.680102
BZD 2.241478
CAD 1.51259
CDF 3190.485494
CHF 0.940518
CLF 0.037532
CLP 1035.618442
CNY 7.872812
CNH 7.886891
COP 4654.82912
CRC 575.580865
CUC 1.111667
CUP 29.459185
CVE 110.601725
CZK 25.069323
DJF 197.565738
DKK 7.459732
DOP 66.755606
DZD 146.894626
EGP 53.952661
ERN 16.67501
ETB 129.190789
FJD 2.453564
FKP 0.8466
GBP 0.84166
GEL 2.982046
GGP 0.8466
GHS 17.463873
GIP 0.8466
GMD 76.705113
GNF 9615.922593
GTQ 8.60132
GYD 232.720102
HKD 8.662835
HNL 27.746881
HRK 7.558239
HTG 146.72898
HUF 394.524632
IDR 17014.457908
ILS 4.201269
IMP 0.8466
INR 93.145521
IQD 1456.284231
IRR 46806.754259
ISK 152.310201
JEP 0.8466
JMD 174.705571
JOD 0.787836
JPY 158.096865
KES 143.405043
KGS 93.782699
KHR 4524.486525
KMF 491.926191
KPW 1000.499987
KRW 1472.03685
KWD 0.338951
KYD 0.926706
KZT 532.639596
LAK 24578.964872
LBP 99549.811448
LKR 337.328787
LRD 216.775404
LSL 19.55479
LTL 3.282465
LVL 0.672436
LYD 5.286018
MAD 10.846261
MDL 19.321442
MGA 5069.203259
MKD 61.516553
MMK 3610.652196
MNT 3777.445613
MOP 8.92575
MRU 44.126143
MUR 50.970077
MVR 17.064383
MWK 1929.298088
MXN 21.444395
MYR 4.717933
MZN 71.033371
NAD 19.553903
NGN 1822.501105
NIO 40.865161
NOK 11.797542
NPR 148.98133
NZD 1.791411
OMR 0.427951
PAB 1.111997
PEN 4.196711
PGK 4.366463
PHP 62.068282
PKR 309.210144
PLN 4.270918
PYG 8670.258014
QAR 4.047303
RON 4.974489
RSD 117.076374
RUB 104.054404
RWF 1489.634252
SAR 4.171916
SBD 9.249921
SCR 14.975257
SDG 668.670294
SEK 11.352125
SGD 1.439391
SHP 0.8466
SLE 25.398601
SLL 23311.102824
SOS 634.761885
SRD 33.430613
STD 23009.269742
SVC 9.730049
SYP 2793.097501
SZL 19.553982
THB 37.029745
TJS 11.842819
TMT 3.901952
TND 3.369442
TOP 2.612193
TRY 37.877955
TTD 7.553188
TWD 35.563909
TZS 3028.671015
UAH 46.098093
UGX 4136.306543
USD 1.111667
UYU 45.568081
UZS 14168.200292
VEF 4027073.383891
VES 40.835891
VND 27374.808546
VUV 131.979381
WST 3.109848
XAF 655.395356
XAG 0.036967
XAU 0.000434
XCD 3.004337
XDR 0.824194
XOF 655.326236
XPF 119.331742
YER 278.306261
ZAR 19.502646
ZMK 10006.338577
ZMW 29.440447
ZWL 357.956434
Oceano escondido sob camada de gelo explicaria origem de CO2 em lua de Júpiter
Oceano escondido sob camada de gelo explicaria origem de CO2 em lua de Júpiter / foto: Handout - NASA/JPL-Caltech/SETI Institute/AFP/Arquivos

Oceano escondido sob camada de gelo explicaria origem de CO2 em lua de Júpiter

O dióxido de carbono detectado em Europa, uma das luas de Júpiter, é proveniente de um vasto oceano escondido sob a camada de gelo do planeta, de acordo com dois estudos divulgados nesta quinta-feira (21).

Tamanho do texto:

Com dados obtidos pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês), ambas análises reforçam as esperanças de que este enorme volume d'água oculta possa abrigar algum tipo de vida.

Os cientistas têm certeza de que debaixo de quilômetros de gelo é possível haver um vasto oceano de água salgada em Europa, o que faz desta lua a principal candidata para abrigar vida extraterrestre no Sistema Solar.

Entretanto, ainda não é possível determinar se este mar oculto tem elementos químicos para sustentar formas de vida.

O CO2, considerado um dos principais componentes da vida, já havia sido detectado anteriormente na superfície deste satélite natural, mas sua origem era desconhecida.

Duas equipes de pesquisadores dos Estados Unidos utilizaram dados do espectro infravermelho do JWST para traçar um mapa do dióxido de carbono na superfície de Europa, e publicaram os resultados em dois estudos separados na revista Science.

A maior quantidade de CO2 foi encontrada em uma superfície de 1.800 quilômetros de extensão, chamada de Tara Regio. Esta é uma região de "terreno caótico", onde a superfície congelada está muito alterada.

Ainda não se sabe com certeza qual fenômeno está por trás deste terreno irregular, mas a teoria é de que a água quente do oceano emerge e derrete o gelo da superfície, que não demora a congelar novamente.

O primeiro estudo utilizou dados do telescópio Webb para determinar se o CO2 pode ter chegado à superfície de outra forma, como o impacto de um meteorito, por exemplo.

Samantha Trumbo, astrônoma da Universidade de Cornell e principal autora do estudo, contou à AFP que os especialistas concluíram que o dióxido de carbono "em última instância veio do interior, provavelmente do oceano interno".

Os investigadores não descartam que esta origem esteja nos minerais ricos em carbono - semelhantes a rochas - do interior do satélite, que posteriormente foram decompostos por irradiação na superfície, para se transformarem em CO2.

- Sal e micróbios -

Sal também foi detectado na região de Tara Regio, o que explica o tom mais amarelado do terreno, em comparação a outras superfícies planas, brancas e bem marcadas em Europa.

Os pesquisadores acreditam que este mineral também possa ter se originado neste oceano.

"Uma vez que temos sal e CO2, estamos começando a entender como pode ser esta química interna", afirmou Trumbo.

Utilizando os mesmos dados do telescópio, o segundo estudo também confirmou que "o carbono vem do interior de Europa".

Além disso, os cientistas da Nasa esperavam encontrar colunas d'água ou gases voláteis na superfície do satélite, mas até o momento não fizeram estas descobertas.

Duas grandes missões espaciais planejam agora se aproximar de Europa e seu misterioso oceano.

A sonda Juice, da Agência Espacial Europeia, foi lançada em abril, enquanto a missão Europa Clipper, da Nasa, está programada para outubro de 2024.

Um cientista do projeto Juice, Olivier Witasse, comemorou os dois novos estudos, considerando que ambos são "muito interessantes".

Juice passará perto de Europa duas vezes em 2032 e poderá colher "muitas informações novas", incluindo sobre a química da superfície, explicou ele à AFP.

A sonda também observará outras duas luas de Júpiter, Ganímedes e Calisto, onde carbono já foi detectado anteriormente.

Witasse reforçou que o objetivo das duas missões é descobrir se estas luas possuem condições adequadas para sustentar a vida. Entretanto, as sondas não são capazes de fazê-lo integralmente.

Caso alguma missão futura detecte vida fora do planeta Terra, esta provavelmente se manifestaria em forma de micróbios, presos sob mais de 10 quilômetros de gelo.

(T.Burkhard--BBZ)