Sam Altman (OpenAI) busca trilhões para reorganizar setor de semicondutores
O CEO da empresa de Inteligência Artificial OpenAI, Sam Altman, procura arrecadar trilhões de dólares para reorganizar a indústria mundial de semicondutores e, com esse intuito, reuniu-se com potenciais investidores, incluindo o governo dos Emirados Árabes Unidos, informou The Wall Street Journal (WSJ) na quinta-feira (8).
A OpenAI participou "de reuniões produtivas sobre o desenvolvimento de infraestrutura mundial e de cadeias de abastecimento para semicondutores, energia e centros de dados", declarou uma porta-voz da empresa, em entrevista ao WSJ, acrescentando que a companhia "mantém o governo americano informado".
O jornal estima que o montante total do projeto de Altman pode chegar a US$ 7 trilhões (R$ 34,7 trilhões na cotação atual). Esse valor é US$ 1 trilhão (R$ 4,96 trilhões) a mais do que a capitalização de mercado combinada das duas maiores empresas tecnológicas do mundo, Apple e Microsoft.
Altman busca resolver alguns dos maiores desafios do setor de IA, em rápida expansão, em particular a escassez de chips caros, necessários para o funcionamento dos grandes modelos de robôs conversacionais. É o caso do ChatGPT, o software dessa novíssima tecnologia generativa de propriedade da OpenAI.
Segundo o WSJ, Altman se reuniu com autoridades de alto escalão do governo dos Emirados Árabes Unidos e com o diretor do grupo japonês SoftBank, Masayoshi Son, assim como com representantes da gigante taiwanesa Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC).
Altman apresentou a ideia de construir dezenas de fábricas de chips nos próximos anos com dinheiro de investidores do Oriente Médio e pagar à TSMC para construí-las e operá-las, disse o jornal.
Muitos países apresentaram planos para apoiar a produção de chips em seus territórios, mas os montantes movimentados parecem pequenos, considerando-se as somas colossais que Altman iria propor, acrescentou a mesma fonte.
A indústria mundial de chips é, hoje, dominada por algumas empresas, incluindo a TSMC e a americana NVIDIA.
Nas últimas semanas, a agência Bloomberg e o jornal Financial Times também noticiaram reuniões realizadas pela nova estrela do Vale do Silício.
Considerada uma revolução comparável à chegada da Internet, a IA generativa permite produzir textos sobre qualquer tema, imagens de realismo impressionante e sons diversos, sob demanda, em linguagem comum e corrente, a partir de bancos de dados existentes na Internet. Ao mesmo tempo, levanta muitas preocupações no que diz respeito à democracia, à substituição de empregos e à segurança.
(K.Lüdke--BBZ)