Berliner Boersenzeitung - O que acontece com o corpo humano no espaço profundo?

EUR -
AED 4.25412
AFN 76.957362
ALL 96.759549
AMD 443.152959
ANG 2.073467
AOA 1062.227458
ARS 1633.30602
AUD 1.773938
AWG 2.093759
AZN 1.965778
BAM 1.957004
BBD 2.332135
BDT 141.386404
BGN 1.955803
BHD 0.436778
BIF 3413.600844
BMD 1.158373
BND 1.507628
BOB 8.000924
BRL 6.107406
BSD 1.157913
BTN 102.502083
BWP 15.474524
BYN 3.94803
BYR 22704.108869
BZD 2.328833
CAD 1.623517
CDF 2548.420203
CHF 0.927167
CLF 0.027642
CLP 1084.38798
CNY 8.24721
CNH 8.24908
COP 4353.779301
CRC 581.657972
CUC 1.158373
CUP 30.696882
CVE 110.332426
CZK 24.254823
DJF 205.865856
DKK 7.467278
DOP 74.465507
DZD 150.88043
EGP 54.666974
ERN 17.375594
ETB 177.914995
FJD 2.638722
FKP 0.880539
GBP 0.880896
GEL 3.13343
GGP 0.880539
GHS 12.678803
GIP 0.880539
GMD 85.137572
GNF 10051.142425
GTQ 8.875462
GYD 242.21907
HKD 9.002987
HNL 30.462616
HRK 7.53267
HTG 151.533259
HUF 385.038581
IDR 19347.028363
ILS 3.731704
IMP 0.880539
INR 102.477602
IQD 1516.826959
IRR 48781.974175
ISK 146.603713
JEP 0.880539
JMD 185.843572
JOD 0.821281
JPY 178.50293
KES 149.719829
KGS 101.29976
KHR 4654.86476
KMF 487.674779
KPW 1042.510617
KRW 1692.82301
KWD 0.355702
KYD 0.964994
KZT 607.794057
LAK 25139.471672
LBP 103692.21566
LKR 352.326834
LRD 211.900411
LSL 19.870629
LTL 3.420374
LVL 0.700688
LYD 6.318862
MAD 10.744366
MDL 19.650093
MGA 5198.199146
MKD 61.518516
MMK 2432.058826
MNT 4148.034001
MOP 9.271106
MRU 45.946078
MUR 53.158278
MVR 17.844771
MWK 2007.835689
MXN 21.225559
MYR 4.792768
MZN 74.078155
NAD 19.870543
NGN 1663.874852
NIO 42.616227
NOK 11.644381
NPR 164.002933
NZD 2.0486
OMR 0.445398
PAB 1.157913
PEN 3.8993
PGK 4.966035
PHP 68.257149
PKR 327.420806
PLN 4.232057
PYG 8171.994045
QAR 4.232487
RON 5.082828
RSD 117.180892
RUB 93.769925
RWF 1682.435427
SAR 4.344455
SBD 9.541949
SCR 16.090901
SDG 695.610667
SEK 10.952364
SGD 1.506986
SHP 0.86908
SLE 26.871844
SLL 24290.500012
SOS 661.707237
SRD 44.683053
STD 23975.980315
STN 24.515087
SVC 10.132192
SYP 12807.77407
SZL 19.863224
THB 37.50783
TJS 10.687678
TMT 4.054305
TND 3.417603
TOP 2.71303
TRY 48.934965
TTD 7.851832
TWD 35.88547
TZS 2841.604057
UAH 48.63262
UGX 4122.537147
USD 1.158373
UYU 46.078159
UZS 13883.484434
VES 267.356984
VND 30482.582902
VUV 141.779269
WST 3.270353
XAF 656.360946
XAG 0.022567
XAU 0.00028
XCD 3.130561
XCG 2.086884
XDR 0.817061
XOF 656.358112
XPF 119.331742
YER 276.260181
ZAR 19.892625
ZMK 10426.749949
ZMW 26.082052
ZWL 372.995602
O que acontece com o corpo humano no espaço profundo?
O que acontece com o corpo humano no espaço profundo? / foto: - - NASA/AFP/Arquivos

O que acontece com o corpo humano no espaço profundo?

Deterioração óssea e muscular, exposição à radiação e deficiência visual são apenas alguns dos desafios que os viajantes espaciais enfrentam em missões de longa duração, isso sem considerar o impacto psicológico do isolamento.

Tamanho do texto:

Os astronautas americanos Butch Wilmore e Suni Williams se preparam para voltar para casa após nove meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), e alguns dos riscos de saúde que eles enfrentam estão bem documentados e controlados, enquanto outros continuam a ser um mistério.

Esses perigos só aumentarão à medida que os seres humanos se aprofundarem cada vez mais no sistema solar, incluindo o planeta Marte, o que exige soluções inovadoras para garantir o futuro das missões de exploração espacial.

- Exercício é essencial -

Apesar da atenção midiática recebida por sua missão, a permanência de nove meses de Wilmore e Williams é "normal", afirmou Rihana Bokhari, professora adjunta do Centro de Medicina Espacial do Baylor College of Medicine.

As missões à ISS costumam durar seis meses, mas alguns astronautas permanecem até um ano e os pesquisadores confiam em sua capacidade de manter a saúde dos astronautas durante esse período.

A maioria das pessoas sabe que levantar pesos desenvolve músculos e fortalece os ossos, mas até mesmo os movimentos básicos na Terra cumprem em certa medida esse papel ao resistirem à gravidade, um elemento ausente em órbita.

Como contraponto, os astronautas utilizam três máquinas de exercício dentro da estação, incluindo um aparelho de resistência instalado em 2009, que simula pesos livres por meio de tubos de vácuo e cabos de volante.

Um treino diário de duas horas os mantém em forma. "O melhor resultado para demonstrar nossa eficácia é que não temos problemas de fraturas nos astronautas quando retornam à Terra", embora a perda óssea ainda seja detectável nas explorações, declarou Bokhari à AFP.

A alteração do equilíbrio corporal é outro problema, acrescentou Emmanuel Urquieta, vice-presidente de Medicina Aeroespacial da Universidade da Flórida Central.

"Isso acontece com todos os astronautas, até mesmo com os que vão ao espaço por apenas alguns dias", enquanto trabalham para recuperar a confiança em seu ouvido interno, explicou à AFP.

Os astronautas precisam retreinar seus corpos durante o programa de reabilitação pós-missão de 45 dias da Nasa, a agência especial americana.

Outro desafio é o "deslocamento de fluidos": a redistribuição de fluidos corporais para a cabeça em microgravidade. Isso pode aumentar os níveis de cálcio na urina, e assim o risco de cálculos renais.

Os movimentos dos fluidos também poderiam contribuir para um aumento da pressão intracraniana, alterando a forma do globo ocular e causando a síndrome neuro-ocular associada ao voo espacial (Sans), que provoca uma deficiência visual de leve a moderada. Outra teoria sugere que os níveis elevados de dióxido de carbono são sua causa.

Mas em pelo menos um caso, os efeitos foram benéficos.

"Tive um caso bastante grave de Sans. Quando decolamos, usava óculos e lentes de contato, mas devido ao achatamento do globo, agora tenho uma visão excelente: a cirurgia corretiva mais cara possível. Obrigado, contribuintes", brincou a astronauta da Nasa Jessica Meir antes do último lançamento.

- Gestão da radiação -

Os níveis de radiação a bordo da ISS são mais altos que na Terra, já que atravessa o cinturão de radiação de Van Allen, mas o campo magnético terrestre ainda proporciona uma proteção significativa.

A blindagem é crucial, já que a Nasa busca limitar o risco de câncer dos astronautas ao longo de sua vida a 3%.

No entanto, as missões à Lua e Marte proporcionarão aos astronautas uma exposição muito maior, explicou o astrofísico Siegfried Eggl.

As futuras sondas espaciais podem fornecer algum aviso sobre eventos de alta radiação, como as ejeções de massa coronal (nuvens de plasma provenientes do Sol), mas a radiação cósmica continua sendo imprevisível.

"A blindagem é melhor alcançada com materiais pesados como o chumbo ou a água, mas grandes quantidades são necessárias", disse Eggl, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign.

Como alternativa, uma espaçonave poderia usar uma potente aceleração e desaceleração que iguale a força da gravidade terrestre.

A futura produção de medicamentos e até mesmo terapias genéticas poderiam melhorar as defesas do organismo contra a radiação espacial. "Há muita pesquisa nesse campo", afirmou Urquieta.

(Y.Yildiz--BBZ)